O chefe marxista do Papa dos Jesuítas: Padre Arturo Sosa Abascal, comunista e modernista venezuelano, leva adiante agenda de Francisco

 

 

27.05.2017 -

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George Neumayr (*) – The American Spectator | Tradução: Sensus Fidei

Entendendo o adágio de que pessoal é política, o Papa Francisco tem plantado marxistas em toda a Igreja, inclusive no mais alto cargo da turbulenta ordem religiosa à qual ele pertence. Em 2016, os jesuítas, com a bênção do Papa Francisco, instalaram como seu superior geral um venezuelano, Pe. Arturo Sosa Abascal, cujas convicções comunistas são conhecidas há muito tempo.

Sosa escreveu sobre a “mediação marxista da fé cristã”, argumentando que a Igreja deveria “compreender a existência de cristãos que simultaneamente se consideram marxistas e se comprometem com a transformação da sociedade capitalista numa sociedade socialista”. Em 1989 ele assinou uma carta louvando Fidel Castro.

Percorra qualquer corredor no Vaticano de Francisco, e é provável que você encontre um comunista de fato: Francisco tem um comunista operando sob suas ordens, um comunista dirigindo seu Conselho de Cardeais (o cardeal hondurenho, Oscar Rodriguez Maradiaga), uma comunista dirigindo a Pontifícia Academia de Ciências Sociais (Margaret Archer, uma socióloga britânica que disse representar a “esquerda marxista”) e comunistas como o renegado teólogo da libertação brasileira Leonardo Boff e a socialista canadense Naomi Klein redigindo suas encíclicas.

Não é por acaso que o único candidato presidencial dos EUA que fez uma visita ao Vaticano durante a campanha foi um socialista que teve lua de mel na União Soviética. Bernie Sanders apareceu no Vaticano em abril de 2016, tendo recebido um convite do amigo argentino do Papa Francisco, Marcelo Sanchez Sorondo.

“Convidamos o candidato que mais cita o papa na campanha, e é o senador Bernie Sanders”, explicou Sorondo, acrescentando que a agenda de Sanders é “muito semelhante a do papa”.

Nesta presunçosa atmosfera esquerdista em Roma, a elevação de Sosa como chefe dos jesuítas era inevitável. No passado, os jesuítas tinham sido chamados de fuzileiros do papa. Sob Sosa, eles estão mais como os marxistas do papa, vendendo sua propaganda de mudança climática como um pretexto para o socialismo global.

Mas as ambições de Sosa, assim como as do papa Francisco, vão muito além da intromissão nas economias. Ele também está empurrando uma revolução moral na Igreja, evidente em sua assombrosa afirmação de que, como nenhum dos Apóstolos gravou Jesus Cristo, suas palavras sobre o adultério podem ser elasticamente reinterpretadas.

“Você precisa começar por refletir sobre o que exatamente disse Jesus”, disse Sosa a um entrevistador italiano em fevereiro. “Naquela época, ninguém tinha um gravador para gravar as palavras. O que sabemos é que as palavras de Jesus têm de ser contextualizadas, elas são expressas em uma determinada língua, em um ambiente preciso, e elas são dirigidas a alguém específico”.

Em outras palavras, Sosa está confiante de que compreende melhor o significado de Jesus do que os escritores do Evangelho. Como Francisco, Sosa não pode resistir ao mumbo-jumbo da erudição bíblica modernista, que sempre consegue se encaixar convenientemente com as visões liberais.

O Concílio de Trento condenou explicitamente a afirmação de que os escritores do Evangelho estavam apenas inventando coisas ao relatar as palavras de Jesus Cristo.

“Ao longo do último século tem havido na Igreja um grande florescimento de estudos que buscam entender exatamente o que Jesus quis dizer”, disse ele.

A presunção aqui é extraordinária, mas típica de um acólito de Francisco. A nova ortodoxia é heterodoxia, e Sosa está chafurdando nela. Ele é dado a pequenos sermões sobre o relativismo, como esta grande mentira:

“A Igreja se desenvolveu ao longo dos séculos, não é um pedaço de concreto armado. Nasceu, aprendeu, mudou. É por isso que os concílios ecumênicos são mantidos, para tentar trazer desenvolvimentos da doutrina em foco. Doutrina é uma palavra que eu não gosto muito, traz consigo a imagem da dureza da pedra. Em vez disso, a realidade humana é muito mais matizada, nunca é preto no branco, está em contínuo desenvolvimento”.

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Se Santo Inácio de Loyola estivesse vivo hoje, a ordem que ele fundou não o ordenaria, e ele teria se perguntado como um protestante de fato foi parar na cátedra de São Pedro. Muito menos Santo Inácio teria acreditado no puro sofisma que agora passa por “sofisticação” teológica em sua ordem.

Pe. Antonio Spadaro, outro jesuíta próximo do Papa Francisco, twittou no início deste ano essa profundidade: “A teologia não é Matemática. 2 + 2 em #Teologia pode fazer 5. Porque tem a ver com Deus e vida real do povo.”

Estupefato pelo esquerdismo implacável de Francisco e seus assessores, Al Gore perguntou em 2015, “O papa é católico?” A pergunta não é mais uma piada.

(*) George Neumayr é o autor de The Political Pope.

Publicado originalmente: The American Spectator – The Pope’s Marxist Head of the Jesuits

Fonte: Sensus Fidei