Lembrando o Padre Miguel Agustin Pro, Mártir da Fé no México: Viva Cristo Rei, Nosso Senhor Soberano, lutar por Ele é uma grande honra

 

14.08.2017 - Nota de www.rainhamaria.com.br

Artigo Publicado em 24.08.2014

São Tertuliano dizia: “O sangue dos mártires se torna semente para novos cristãos”

Dos mártires daqueles dias, nenhum chamou tanto a atenção do público no México e no resto do mundo como o Jesuíta Miguel Agustín Pro.

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Foi morto por um pelotão de fuzilamento em frente das câmeras dos jornais que o governo trouxera para gravar o que esperava ser o constrangedor espetáculo de um padre implorando por misericórdia. Foi uma das primeiras tentativas modernas de usar a mídia para a manipulação da opinião pública com propósitos anti-religiosos. Mas, ao invés de vacilar, Pro demonstrou grande dignidade, pedindo apenas a permissão de rezar antes de morrer. Após alguns minutos de prece, levantou-se, ergueu seus braços em forma de cruz – uma tradicional posição de oração mexicana – e, com voz firme, nem desafiante, nem desesperada, entoou de forma comovente palavras que desde então se tornaram famosas: "Viva Cristo Rei".

Quis a Providência que aquele mesmo padre cujo martírio tão publicamente se estampou, tivesse sua formação no segredo da clandestinidade. Tratava-se, então, do governo do presidente Plutarco Elias Calles, o “Nero do México”, e nossa história começa justamente em julho de 1926, quando Pro regressava do exterior, mergulhando numa crise que resultaria no fuzilamento de 160 padres. De fato, poucas semanas após sua chegada, publicou-se um decreto oficial que proibia todo culto público e sujeitava todos padres à prisão.

Um biografo do jesuíta descreve o período:

“... toda ordem religiosa foi dissolvida. Todas as escolas católicas, secularizadas, o que significa que, na realidade, tornaram-se ateístas; nelas, nenhuma menção a Deus era tolerada. Crucifixos foram arrancados das paredes e as estátuas, destruídas. Em seguida, para eliminar toda “propaganda Católica”, todas as editoras religiosas foram tomadas. Padre Pro não poderia ter escolhido melhor hora para retornar.

“O embaixador Russo Stanislas Pesthovsky garantiu a Calles que suas políticas anticlericais estavam em perfeito acordo com os métodos comunistas, e desejou a ele todo o sucesso. Ademais, para manter os métodos comunistas de vigilância, o ditador pró-comunista empregou dez mil agentes do governo, quase todos estrangeiros, para investigar o povo, e assegurar que as novas leis fossem obedecidas. Onde tal nação empobrecida conseguiu dinheiro para pagar esta violenta gestapo continua um mistério...

Não obstante, o perigo não foi suficiente para deter o valente Padre. Continua o biógrafo:

“... então, dificilmente com qualquer descanso, o convalescente padre atirou-se em um extremamente árduo apostolado. Ele passava praticamente todo o dia no confessionário na igreja jesuíta local, confortando, aconselhando, repreendendo e absolvendo, das cinco da manhã até as onze, e depois, novamente, das três e meia da tarde até oito horas da noite. Em acréscimo, dadas as instruções e sermões, recebia visitantes que desejavam consultá-lo sobre problemas no casamento e outras dificuldades, até a data de fechamento [das Igrejas]. De todos seus deveres, o duro labor no confessionário era o que mais exigia de sua fraca saúde. Duas vezes desmaiou e teve de ser carregado para fora...

“Veio então o triste dia que nenhum dos fiéis do México jamais esquecerá. Era o dia 31 de Julho de 1926. Neste dia a Santa Missa foi pela última vez oferecida publicamente. Todos se apressaram para receber, em suas paróquias, a Vida de suas almas na Santa Comunhão. Esta foi a última vez que Padre Pro celebrou Missa em uma igreja. A partir de então, a Igreja no México se tornaria clandestina. Ou, como um autor colocou, “a antiga Igreja das catacumbas reviveu em uma república ocidental moderna”. E o México faria muitos mártires.

“Enquanto horríveis martírios ocorriam, Padre Pro estabeleceu 'estações eucarísticas' por toda a cidade. Estas estações eram casas de católicos de confiança, às quais ele ia em determinados dias distribuir a Santa Comunhão, e, possivelmente, dizer a Missa. Por conta própria, distribuía uma média de trezentas comunhões por dia. Também organizou uma companhia de trezentos homens para percorrer toda a cidade e seus subúrbios como instrutores religiosos [...] graças a estas instruções, jovens e velhos conservaram sua Fé viva. Estas aulas também se provaram um substituto para as escolas que normalmente teriam provido educação religiosa para as crianças”

Constantemente abordado por policiais – Pro foi detido e preso duas vezes antes de ser sentenciado à morte – foi somente graças a uma coragem incomum, aliada a uma enorme presença de espírito, que Pro conseguiu levar a cabo seu apostolado na clandestinidade com tamanhos resultados. As peripécias do padre, muitas dignas de filmes policiais, levaram a considerá-lo o mais simpático dos mártires modernos.

Numa ocasião, sabia que dois agentes o vigiavam. Ao deparar-se com uma senhora católica que conhecia da Missa, aproximou-se dela e ordenou que agisse com se fora sua noiva. Tomou-lhe o braço (ele vestia-se como civil) e assim logrou escapar dos agentes.

Nas palavras de um outro biografo:

“Fotografias do período mostram-no em vários disfarces. Organizou retiros para diversos grupos [...] Com os trabalhadores, usava suspensórios e capacete; ele parecia um motorista em uma reunião de motoristas, um mecânico entre mecânicos. Por meio de vários subterfúgios conseguia ouvir confissões mesmo nas cadeias. Ele aconselhava os que se preparavam para ser oradores públicos em defesa da Igreja sobre como moldar a opinião pública".

Estava o Padre Pro em um grande edifício, presidindo uma reunião com os moços da Ação Católica,  quando subitamente a polícia surgiu rodeando o edifício. O Padre teve de esconder-se num armário. Momentos depois, entrou no salão o Coronel portanto duas pistolas: “Onde está o Padre Pro?“. Os moços disseram que não sabiam. “Têm um minuto para dizer-me onde está este Padre, ou matarei a todos!”. Nesse instante, sentiu o coronel um cano frio de arma tocar-lhe a nuca. Era o Padre Pro que havia saído do armário. “Solte essas pistolas ou morre!”. O coronel deixou cair as armas no chão, e estas foram recolhidas pelos moços. “Agora fujam vocês!”, gritou Pro aos moços, que saíram apressadamente buscando esconderijo. Logo disse o padre em tom picaresco: “Agora vire-se, Senhor Coronel, vire-se para ver com que coisa o desarmei”. O coronel deu meia volta e, para sua humilhação, viu que o padre lhe apontava a ponta de uma garrafa vazia. Com uma simples garrafa, desarmara o coronel em fúria com duas pistolas carregadas! (Fonte: http://www.permanencia.org.br)

Todos esses eventos, somados ao sucesso de seu epistolado, o transformaram no inimigo numero uno do governo callista. Logo após, receberia mandato de prisão, e seria levado à morte. 

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Esta foto, tirada já no cárcere em novembro de 1927, às vésperas de seu fuzilamento, mostra padre Miguel Pro em trajes civis. Conforme a ultrajante legislação mexicana da época, não era lícito a um padre o uso da batina em público.

VEJA O VIDEO:

 

 

Nota final de www.rainhamaria.com.br

Padre Miguel Agustin Pro - Hino a Cristo Rei!

Um grito de guerra  é ouvido na face da Terra
e em todos os lugares.
Os guerreiros estão prontos segurando suas espadas
e se alistar para lutar.
Por que eles em forma e treinados. 
Vão defender a Verdade,
E o fogo que arde em seu sangue
não será extinto. 

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Viva Cristo Rei. Viva Cristo Rei.
Este é grito de guerra que inflama a terra.
Viva Cristo Rei. Nosso Senhor soberano,
nosso Capitão e campeão.
lutar por ele é uma grande honra. 

n/d

Sabemos que essa batalha não é fácil
e muitos vão se acovardar,
e sob as balas de nosso inimigo 
Eles certamente perecerá.
Vou ter minha espada levantada
Usa lá com o meu Senhor.
Ninguém nunca derrota. 
Ele tem a força de Deus. 

n/d

"VIVA CRISTO REI...VIVA CRISTO REI!!"

Diz na Sagrada Escritura:

"Portanto, quem der testemunho de mim diante dos homens, também eu darei testemunho dele diante de meu Pai que está nos céus. Aquele, porém, que me negar diante dos homens, também eu o negarei diante de meu Pai que está nos céus". (São Mateus 10, 32-33)

"Quando o Cordeiro abriu o quinto selo, vi debaixo do altar as vidas daqueles que tinham sido imolados por causa da Palavra de Deus e por causa do testemunho que dela tinham dado. Eles gritaram em alta voz: «Senhor santo e verdadeiro, até quando tardarás em fazer justiça, vingando o nosso sangue contra os habitantes da Terra? Então foi dada a cada um deles uma veste branca. Também lhes foi dito que descansassem ainda algum tempo, até que ficasse completo o número dos seus companheiros e irmãos que iriam ser mortos como eles". (Apocalipse 6, 9 -11)

"Foi em ti que se encontrou o sangue dos profetas e dos santos, como também de todos aqueles que foram imolados na terra" (Apocalipse 18, 24)