Sinal dos Tempos: A cada 20 minutos, nasce um filho de uma criança. Número alto de mães com idades entre 10 e 14 anos preocupa

 

27.09.2017 -

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A gravidez não planejada de adolescentes é um problema de saúde pública que acomete jovens em todo o mundo, e que, especialmente no Brasil, vem se agravando. A cada 20 minutos, uma criança nasce de outra no país – ou seja, de uma mãe com idade entre 10 e 14 anos.

Os dados, do Datasus, foram tabulados pela ginecologista e obstetra Albertina Takiuti, professora de medicina da USP, e apresentados no seminário “Sexualidade e Comportamento”, em São Paulo, nesta terça (26), Dia Mundial de Prevenção da Gravidez Não Planejada. Hoje, no país, 30% das gestações não são planejadas – desta vez os números são do Instituto Oswaldo Cruz.

Segundo a pesquisa de Albertina Takiuti no Datasus, em 17 anos, de 1998 a 2015, o número de crianças nascidas de mães entre 10 e 14 anos no país diminuiu apenas 1,97%. “Os dados são muito importantes. No Brasil, 10% do PIB é gasto em consequências da gravidez na adolescência, conforme pesquisa de 2014. Enquanto a China gasta 1% e outros países, 2%. Uganda e países africanos gastam em torno de 25%”, diz a professora da USP.

Em 1998, o Brasil registrou 729 mil crianças nascidas vivas, o que significava 83 bebês por hora. Em 2015, foram 547 mil, cerca de 62 por hora. “Nós tivemos nesses anos uma redução de 24,97%, que é inferior a meta do milênio, de 30%. E as consequências são a maior prematuridade e a maior mortalidade infantil”, alerta a médica.

Além disso, pesquisas mostram ainda que metade das gestações não planejadas acaba em abortos, e os casos de óbitos não são raros. Outros problemas comuns associados à gravidez precoce são anemia, infecções pelo HIV e outras DSTs, hemorragia pós-parto e transtornos mentais, como a depressão.

Em 2015, segundo o Ministério da Saúde, mais de 39 mil homens foram diagnosticamos com sífilis e 22,4 mil foram infectados com o vírus HIV, o que corresponde a mais do que o dobro do número de mulheres infectadas com o vírus no mesmo período.

Segundo Albertina Takiuti, quem aborta engravida seis meses depois, e 60% de quem engravida na adolescência volta a engravidar em dois anos. “A gravidez não é um aprendizado. A gravidez é um tumulto, e o aborto também. No Brasil, 60% das mulheres que abortam são abandonadas pelo parceiro, 20% são largadas logo depois que têm o bebê. Depois de cinco anos, só 20% continuavam tendo contato com o pai. Além disso, 75% dos adolescentes até os 17 anos que têm filhos estão fora da escola. A gravidez não empodera a mulher, a gravidez escraviza a mulher", afirma.

A educação sexual precisa ser melhorada. “A gente está falhando na educação. Educar representa mudar as atitudes. Se nós estamos oferecendo métodos e as atitudes são as mesmas, quer dizer que a educação falhou”, diz a médica Albertina Takiuti. “Nós precisamos ter uma força-tarefa no Brasil, uma vez que a Aids é uma problema de saúde pública, e a sífilis está voltando. Todas situações de gasto econômico com doenças são conhecidas.”

 Fonte: O Tempo noticias

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Nota de www.rainhamaria.com.br

Diz na Sagrada Escritura:

"Como se não bastasse terem errado acerca do conhecimento de Deus, embora passando a vida numa longa luta de ignorância, eles dão o nome de paz a um estado tão infeliz. Com efeito, sacrificando seus filhos, celebrando mistérios ocultos, ou entregando-se a orgias desenfreadas de religiões exóticas, eles já não guardam a honestidade nem na vida nem no casamento, mas um faz desaparecer o outro pelo ardil, ou o ultraja pelo adultério. Tudo está numa confusão completa - sangue, homicídio, furto, fraude, corrupção, deslealdade, revolta, perjúrio, perseguição dos bons, esquecimento dos benefícios, contaminação das almas, perversão dos sexos, instabilidade das uniões, adultérios e impudicícias." (Sabedoria 14, 22-26)