Sinais da profundidade da traição da Igreja na China, diante do acordo secreto entre o Vaticano e os ditadores comunistas

Francisco autorizou secretamente uma sentença de morte para a Igreja Católica na China

 

30.10.2018 -

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O negócio secreto torna-se evidente.

Por Christopher A. Ferrara

Sandro Magister fez uma análise devastadora dos sinais emergentes da profundidade da traição da Igreja Subterrânea na China no mês seguinte ao acordo secreto entre o Vaticano e os ditadores comunistas de Pequim.

Os pontos principais são estes:

Pequim enviou dois bispos da “Igreja oficial” da China ao Sínodo dos Jovens e do Blá, Blá, Blá, que todos sabem não passar de uma elaborada farsa que disfarça uma intenção preconcebida de injetar na Igreja a noção venenosa de que existe uma tal coisa chamada “católico LGBT”, que subverteria todo o ensinamento da Igreja sobre o mal da depravação sexual.

Se os dois bispos foram escolhidos por Pequim, isso significa que Roma dobra-se agora perante os senhores comunistas, mas se foi Francisco quem os escolheu, isso significa, ainda pior, que ele deliberadamente validou a falsa Igreja criada por Pequim na Associação Católica Patriótica (ACP).

O primeiro bispo fantoche de Pequim enviado ao Sínodo, João Batista Yang Xiaoting, o chamado “bispo de Yan’an-Yulin”, é membro da Assembleia Popular da província de Shanxi, um braço do Partido Comunista Chinês.

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O segundo, José Guo Jincai, o chamado “bispo de Chengde”, é membro da Assembleia Nacional do Povo, que é o órgão parlamentar central do partido.

Ambos os ditos bispos são também oficiais do falso Conselho Episcopal criado por Pequim, o “Conselho dos Bispos Chineses”, do qual Yang Xiaoting é vice-presidente e Guo Jincai vice-presidente e secretário-geral.

Pior ainda, Francisco levantou a excomunhão de Guo Jincai por ter sido consagrado sem um mandato papal, um dos sete bispos fantoches chineses tão favorecidos. Como “bispo de Chengde”, ele agora administra uma “diocese” que Pequim criou por decreto mas que Francisco agora, evidentemente, reconhece como legítima.

Pequim nomeou ainda como “bispo de Lanzhou” o ex-bispo “subterrâneo” José Han Zhihai, que, tendo cedido à pressão do governo, é agora um funcionário local da ACP.

Enquanto isso, o ex-bispo “subterrâneo” Thaddeus Ma Daqin, que revogou a sua participação na ACP apenas para anular a sua revogação e voltar para o “rebanho” da ACP, continua preso por “apostatar” de uma pseudo-igreja comunista.

O padre missionário francês e especialista em assuntos da China Jean Charbonnier admite que sob o acordo secreto cujos contornos agora vêm à luz, “o Papa Francisco aceitou o processo ‘democrático’ que os chineses já implementaram repetidamente” sob o qual a ACP designa quem será o próximo bispo, enquanto Francisco nada poderá fazer mais do que vetar a sua escolha. Mas “no dia em que o acordo foi assinado, o Papa não exerceu esse direito de veto de modo algum, pelo contrário, ele praticamente o rejeitou. Porque ele disse ‘sim’ a sete bispos que haviam sido anteriormente impostos pelo regime sem o consentimento do Papa e até mesmo, no caso de alguns, apesar da sua rejeição explícita por parte de Roma.”

O que agora está à vista é a morte iminente da verdadeira Igreja Católica na China, cujos verdadeiros bispos não são membros da ACP ou do Conselho dos Bispos Chineses, “aquela falsa conferência episcopal que até recentemente não tinha sido reconhecida por Roma, mas que agora recebeu legitimação, visto que o Papa terá que levar em consideração os candidatos ao episcopado que ela lhe apresentará”.

Por incrível que pareça, como observa Charbonnier, isso significa que os bispos “clandestinos” tornaram-se “duplamente clandestinos, em relação a [ambos] ao Estado e à Igreja”. E dado que 7 dos 17 restantes bispos verdadeiros têm mais de 75 anos de idade, é apenas uma questão de tempo até que os únicos restantes “bispos” na China sejam os da ACP.

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Enquanto isso, para completar o desastre, enquanto o anuário papal mostra 144 dioceses católicas na China, Pequim decretou, por meio da ACP, que haverá apenas 96 sob um plano de reorganização, incluindo a recém-inventada “diocese de Chengde”, e “Papa Francisco parece ter dado sinal verde para a operação.

Resumindo, Francisco autorizou secretamente uma sentença de morte para a Igreja Católica na China. Como afirma o Cardeal Burke, o que Francisco fez é “absolutamente inconcebível” e “uma traição a tantos confessores e mártires que sofreram durante anos e anos e foram condenados à morte”. É também mais um sinal de uma situação quase apocalíptica na Igreja cuja resolução terá de envolver a intervenção direta e mais dramática do Céu – uma em que Nossa Senhora de Fátima irá desempenhar o papel principal, como o Terceiro Segredo sem dúvida anuncia.

A edição original deste texto foi publicada pelo Fatima Center a 23 de outubro de 2018.

Tradução: odogmadafe.wordpress.com  via  www.rainhamaria.com.br