O Batismo

 



BATISMO

ACUSAÇÃO: O batismo dos católicos não é válido! Só os adultos que crêem podem receber validamente o batismo, que só vale por imersão!

RESPOSTA: Onde estão as provas bíblicas para esta afirmação? Não existem!
a) Alguns “crentes” afirmam que Jesus foi batizado no rio Jordão por imersão. Mas, os Evangelhos não falam disso! Pode ter sido batizado como o apresentam antigas estampas: ficando com os pés no rio, enquanto S. João lhe derramava a água, com a mão, na cabeça. Na verdade, o modo de molhar o corpo com a água não tem importância! Senão seria prescrito!
b) Outros afirmam que “baptiza-re, em grego, significa “imergir na água”, logo… Os biblistas, porém, documentam que em várias passagens da Bíblia esta palavra significa, igualmente, “lavar” ou “molhar” na água as mãos, os dedos, os pés etc. São Paulo usa esta palavra em (1 Cor 10,2): “Todos (os Israelitas) foram batizados em Moisés, na nuvem e no mar “.(- como símbolo do batismo cristão). Sabemos, porém, que este ba-tismo não aconteceu por imersão pois os Israelitas junto com todas as crian-ças, passaram o mar vermelho a pé enxuto, tocando a areia úmida do mar. Quem tomou o “batismo por imersão”, foram os soldados egípcios! E todos pereceram! (Ex.14,19-20). No batismo vale mais a fé em Deus e a obediência a seu legítimo representante do que a maneira de aplicar a água.
c) Alguns textos bíblicos indicam o batismo feito por imposição. Em (At 8,36-38) lemos sobre o batismo do eunuco etíope, feito pelo diácono Filipe, no Caminho entre Jerusalém e Gaza, onde não existe nenhum rio ou lagoa, em que seria possível batizá-la por imersão. Há apenas pequenas nascentes.
(At 9,18-19) relata o batismo de Saulo convertido numa casa de Damas-co. Não havia piscina nem tempo para batismo por imersão; pois, lemos: “Ime-diatamente lhe caíram dos olhos como escamas, e recuperou a vista. Levan-tando-se, foi batizado, e tomando alimento, recuperou as forças.”
Igualmente em Filipos (At 16, 33) S. Paulo batizou o carcereiro conver-tido: “Naquela hora da noite (o carce-reiro) lavou-lhe as chagas e imediata-mente foi batizado ele e toda sua família”. E nos cárceres romanos não havia piscinas! d) Como no caso acima, assim também na ocasião do batismo de Lídia e de Estéfanas, S. Paulo menciona que Lídia recebeu o batismo “com todos os de sua casa “(At 16, 14-15) e “batizei a família de Estéfanas” (1 Cor 1, 16), onde, certamente, não faltavam crianças pequenas.
O próprio Jesus afirma a Nicode-mos: “Em verdade, em verdade te digo, que quem não renascer da água e do Espírito Santo, não pode entrar no Reino de Deus”. Para os primeiros cris-tãos esta regra valia igualmente para as crianças. Por isso Santo Ireneu (que viveu entre 140 a 204) escreveu: “Jesus veio salvar a todos os que através dele nasceram de novo de Deus: os recém-nascidos, os meni-nos, os jovens e os velhos”(Adv. Haer. livro 2). Orígenes (185 255) escreve: “A igreja recebeu dos Apóstolos a tradição de dar batismo aos recém-nasci-dos”. (Epist. ad Rom. Livro 5,9). E. S. Cipriano em 258 escreve: “Do batismo e da graça não devemos afastar as crianças”. ( Carta a Fido ).
e) Na “Nova e Eterna Aliança” o batismo substituiu a circuncisão da “Antiga Aliança”, como rito da entrada para o povo escolhido de Deus. Ora, se o próprio Deus ordenou a Abraão circuncidar os meninos já no 8° dia depois do nascimento, sem exigir dele uma fé adulta e livre escolha, então não seria lógico recusar o batismo às crianças dos pais cristãos, por causa de tais exigências.
Por isso a Igreja Católica reco-menda batizar as crianças dentro do primeiro mês, após o nascimento.
Mesmo que as seitas não dêem valor à Tradição Apostólica, cada homem honesto reconhece que os cristãos dos primeiros séculos conheciam muito bem e observavam zelosamente a doutrina e as práticas religiosas recebidas dos Apóstolos.