Idosa encontrada em cárcere privado em Ilhéus, pode ter sido usada em ritual de magia negra

 

 

Polícia está investigando crimes cometidos contra uma idosa encontrada desnutrida e com sinais de confusão mental em Ilhéus, no sul do Estado. Ela era mantida em cárcere privado e não podia tomar banho. A polícia investiga se ela era usada em rituais de magia negra. A idosa foi levadao ao Centro de Referência e Assistência Social da cidade por uma dona de casa. Maria José de Jesus era mantida sem as mínimas condições de higiene e para comer só recebia pão. Ela ficava o dia inteiro sem sair de casa, no distrito de Banco do Pedro, zona rural da cidade. "Ela fazia as necessidades fisiológicas em cima da cama, não tinha atendimento médico, aparentemente os olhos dela foram arrancados, alguns dedos dos pés foram também amputados. Ela se mostrou bastante agressiva com a equipe porque a princípio ela imaginava que a equipe ia arrancar os dedos das mãos dela", contou à TV Bahia a coordenadora do Centro de Referência, Margareth Santana. As lesões gravíssimas reforçam a suspeita ela estivesse sendo vítima de ritual de magia negra, mas a polícia ainda investiga se foram causadas por terceiros ou produto de alguma doença. A dona de casa Márcia Santos, que levou a polícia ao local onde a idosa vivia, diz que ela está muito desorientada. "Tudo que você quer fazer o bem, ela não aceita, ela acha que todo mundo vai fazer o mal", conta. A idosa está desde ontem a noite no Hospital Geral de Ilhéus. O casal que mantinha a idosa foi ouvido e liberado. Eles negaram as acusações e contam que acolheram a idosa depois de encontrá-la sozinha e embrigada na rua. Eles podem ser indiciados por maus tratas ou lesão corporal. "Instauramos um inquérito policial para apurar responsabilidades e vamos a partir de hoje ouvir testemunhas para que a gente possa a partir de hoje ouvir testemunhas para que a gente possa identificar exatamente quando ocorreu e quem praticou esse crime bárbaro", diz a delegada Andrea Oliveira. Uma filha da idosa está vindo de São Paulo acompanhar a mãe.