Santa Hildegarda profetizou: No tempo do avanço tecnológico, laicismo, decadência dos costumes, e então o castigo tremendo

18.10.2014 -

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Nota de www.rainhamaria.com.br

Santa Hildegarda nasceu no Condado de Spanhein, Diocese de Maicus, no ano de 1098, de pais nobres e virtuosos. Com a idade de oito anos, foi levada ao Mosteiro de Disimberg, ou do monte de Santo Disibode, e colocada sob a direção da bem-aventurada Jutta Hurclitt, irmã do conde de Spanhein.

Dos 8 anos aos 15, viu sobrenaturalmente muitas coisas, das quais falava com simplicidade com suas companheiras, que ficavam maravilhadas, assim como todos que disso tiveram conhecimento. Indagavam qual poderia ser a origem das visões. A própria Hildegarda observou surpresa, enquanto via interiormente na sua alma, ao mesmo tempo enxergava as coisas exteriores com os olhos do corpo como de costume, o que jamais ouvira dizer houvesse acontecido a qualquer outra pessoa.

Aos 42 anos viu o Céu abrir-se e uma chama muito luminosa penetrou-lhe na cabeça, no coração, em todo seu peito sem queimá-la, mas aquecendo-a suavemente.

No mesmo momento, recebeu inteligência dos Salmos, dos Evangelhos e dos outros livros do Antigo e do Novo Testamento, de maneira a poder explicar-lhes o sentido, embora não conseguisse explicar gramaticalmente as palavras, pois não conhecia latim nem a gramática.

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Santa Hildegarda profetizou: No tempo do avanço tecnológico, laicismo, decadência dos costumes, e então o castigo tremendo.

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Quando os homens atribuirão a si mesmos e não a Deus aquela serenidade de paz e aquela abundância de frutos, começarão de novo a ser indolentes na religião, e sofrerão outra vez tribulações como nunca houve no mundo.

XXI. Contudo, naquele tempo, tenderão a decair progressivamente entre os homens a justiça e a devoção de que temos falado, por causa das dificuldades que elas apresentam, mas logo recobrarão as forças. As vezes ainda se manifestará a iniquidade, mas desaparecerá em seguida. As vezes se encarnicerarão em guerras, escassez, epidemias e mortes para desvanecerem-se em um momento, as coisas não ficarão então sempre no mesmo estado nem manterão o mesmo curso, senão se moverão por aqui e por acolá, mostrando-se, ou desaparecendo.

Decadência dos costumes, paixões desenfreadas e vaidades virão junto com esse avanço

Naquele tempo, como ensina, entre todos estes acontecimentos crescerão nos homens a arrogância dos costumes e a soberba dos espíritos, as paixões e a vaidade sem nenhum tipo de moderação, porque estarão tranquilos na placidez da paz gozando da abundância das messes, e no terão medos que estalem guerras nem que haja escassez. Mas, atribuindo isto a si mesmos, não darão as honras devidas por estes bens a Deus, de Quem procede todas as coisas.

Castigos como nunca houve antes no mundo virão

Portanto, desta paz e abundância seguirão desastres tão grandes como nunca se viu antes. Com efeito, quando os homens estiverem nesta paz sem temer nenhum perigo, virão dias diferentes cheios de dor, nos quais se cumprirão as doloridas palavras dos profetas e a do Filho de Deus.

Desse castigo virá homicídios, canibalismo, suicídios

Os homens desejarão morte por temor que as penas não se acabem nunca e se perguntarão: "Por que nascemos ?" e desejarão que as montanhas caiam sobre eles. Nas épocas anteriores as dores e as desgraças tinham de vez em quando descanso e consolo, mas naquele tempo estará tão cheio de tormentos e iniquidade que os sofrimentos serão incessantes, e dor se somará a dor, e iniquidade a iniquidade. Em toda ocasião o homicídio e a injustiça serão consideradas coisas sem importâncias, e do mesmo modo que se mata animais para comer, assim também os homens daquele tempo se atacarão e se matarão uns aos outros.

Os bárbaros, aqui denominados pagãos, não só farão guerra mas se infiltrarão na Igreja

Por outro lado, os povos pagãos, vendo os cristãos viverem em paz e abundância, e tendo uma desconfiada confiança em suas próprias forças, dirão: "Façamos guerra a todos os cristãos, eles estão desarmados e sem defesa, portanto podemos pegá-los e matá-los como um rebanho de ovelhas".

E assim de regiões distantes, se juntarão gentes completamente bárbaras e imorais, que se unirão no pecado carnal e em toda imoralidade e malícia, e por todas as partes se lançarão sobre o povo cristão como rapinas e combaterão e destruirão muitas cidades e regiões. Contaminarão as normas eclesiásticas com inumeráveis vaidades e imoralidades e corromperão assim tudo que seja possível.

Os santos e profetas daquele tempo anunciarão que ainda não é o fim do mundo.

Então, naquele tempo se anunciará que está por vir outro tempo no entanto pior e se revelará que o homem da perdição está chegando. E como este é imoral e vive no lama da iniquidade sem saciar-se nunca, assim aqueles dias não se saciarão nunca de sua iniquidade.

Naquele tempo, as instituições seculares sairão do âmbito doutrinal católico, e o poder temporal da Igreja acabará em todas as formas. Cumpriu-se na queda dos Estados Pontifícios, e depois na progressiva decadência da influência da Igreja na sociedade

Palavras de David no Salmo 21 que denuncia as perseguições dos malvados sobra a pessoa de Cristo e sobre a Igreja , e como tem de ser interpretadas.

XXII. "Repartem entre eles minhas vestes, tiram sorte sobre a minha túnica" (Sl. 22, 19). Ainda que ao lê-la se interprete com segurança que ela fala do passado, contudo deve ser entendida como uma afirmação relativa ao futuro. Os incrédulos, entre os muitos desastres que provocarão por sua falta de fé, dividirão segundo a sua vontade as dignidades das instituições seculares, com as quais Eu, como vestidos, havia coberto a Igreja. E dirigirão muitas lisonjas sobre aqueles que me foram mais próximos na vida espiritual, que eram como uma túnica, os tirando do reto caminho, e destruindo toda forma de justiça na Igreja. E depois de haver promulgado leis injustas, os triturarão.

Mas a estes males contesta Davi, com estas palavras: "Tu em realidade, ó Senhor, não apartes de mim a sua ajuda, acude em minha defesa" (Sl. 22, 20). Para compreender estas palavras é necessários interpretá-las assim: Ó Pai celestial, eu, a Igreja, que havia de ser a noiva de Seu Filho, ainda que debilitada dirijo a vós meu grito, ó Pai de todos, para que vós naõ tardes em acudir em meu socorro, porque meus membros, que são os membros de Seu Filho, estão destroçados e dispersos, portanto volte com rapidez para mim Seus olhos misericordiosos e defende-me, porque se me esquecer vou ser arruinada completamente.

E de novo o Filho se dirige ao Pai para que libere seu corpo, que é a Igreja.

XXIII. Também o Filho fala ao Pai com estas palavras: "Ó Pai, tenho estado sempre contigo e Vós me mandaste vestir-me de carne, e assim tenho caminhado sobre a terra e todo o que tem mandado eu tenho cumprido, porque Sou a Sua verdade. Por isto tens posto todos os meus inimigos de baixo dos meus pés e Eu me elevo acima deles, já que eles estão à sua esquerda e não te pertencem. Com efeito sua verdadeira obra está a sua direita. Cumpro contigo em toda aquela obra que tens prestabelecido desde antes do príncipio dos tempos, e julgo aos meus inimigos como o Senhor, que os pisa como pó de seus pés. Portanto vem em minha ajuda e vinga-me de meus inimigos, já que Eu, seu Filho, piso com os meus pés a víbora e o basílico. E me olha, para proteger-me e para proteger aos meus membros, porque todas as obras que tens querido e me tens mandado as tenho levado a perfeição, porque Eu estou em Ti, e tu em Mim, e somos um só".

Fonte: O Principe dos Cruzados