Peixes morrendo no rio São Francisco preocupam população: Nunca tinha visto o rio nesse estado, diz morador

27.01.2015 -

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Dono há 25 anos de um rancho na cidade de São Francisco, no Norte do Estado, o comerciante Benedito Hermenegildo Moreira, de 49 anos, o Gildo, se assustou com a situação do Velho Chico neste fim de semana. Com o nível muito baixo, o rio já não serve como meio de transporte para muitos barcos e impurezas matam peixes e assustam os pescadores, principais turistas da região.

"Nunca tinha visto ele nesse estado. Cada ano que passa o rio está pior. Achei inclusive um surubim de uns 40 Kg morto na margem, sem falar nos vários outros que vimos descendo no leito do rio", relatou o comerciante, que também é pescador. Assustado, ele resolveu fazer fotos e divulgar, com o objetivo de pressionar as autoridades a tomarem medidas para salvar o principal rio de Minas Gerais.

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As imagens foram feitas na região conhecida como Barreira dos Índios, a cerca de 23 km de São Francisco. "O nível está muito baixo, muito assoreado. Até mesmo o pessoal que fiscaliza o meio ambiente encontra dificuldade para percorrer o rio e analisar a situação. O problema dos peixes é que as matrizes, que fazem a manutenção dos peixes da região, estão morrendo e a população vai só diminuindo. Estão dizimando os peixes", contou Gildo.

O problema principal não é para os turistas, mas sim para quem vive na cidade e depende tanto do turismo como da pesca de subsistência. É o caso de João Antônio Neves, de 65 anos, o Toninho, que conserta motores de barcos dos pescadores. "Está complicado, deu uma chuvinha de cinco minutos na semana passada e agora está só baixando. As balsas já pararam de funcionar por conta dos bancos de areia no meio do rio", disse.

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Mas, ainda segundo o homem, que vive na cidade há 44 anos, o principal problema é qualidade da água. "Ela está fedendo já. Muita gente que vive na beira sempre bebeu água do rio e agora está tendo que buscar água na cidade por causa dessas impurezas. O fundo só tem lodo, antigamente não tinha isso", lamentou o local.

Toninho ainda conta que recentemente levou algumas pessoas em um passeio pelo rio e deixou todos abismados com a situação. "Foram até no meio do rio só caminhando. É de se assustar o quanto ele está seco", finalizou.

Culpa dos dejetos

De acordo com João Naves, presidente do Conselho Municipal de Meio Ambiente (Codema), a culpa para a mortalidade dos peixes estaria no despejo de materiais químicos na água. "Existem muitas indústrias, siderúrgicas, plantações, principalmente em Três Marias, que acabam despejando produtos e agrotóxicos que, quando o nível da água está normal, não fazem tanta diferença. Porém, na situação em que se encontra, aumenta o número de cianobactérias", explica.

Fonte: O Tempo Cidades

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Nota de www.rainhamaria.com.br

Diz na Sagrada Escritura:

"Ouvi a palavra do Senhor, filhos de Israel! Porque o Senhor está em litígio com os habitantes da terra. Não há sinceridade nem bondade, nem conhecimento de Deus na terra. Juram falso, assassinam, roubam, cometem adultério, usam de violência e acumulam homicídio sobre homicídio. Por isso, a terra está de luto e todos os seus habitantes perecem; os animais selvagens, as aves do céu, e até mesmo os peixes do mar desaparecem." (Oséias 4, 1-3)

"Para que ainda nos determos? Reuni-vos, e vamos para as cidades fortificadas: lá havemos de perecer. Porquanto o Senhor, nosso Deus, decidiu que pereçamos, fazendo-nos beber água envenenada, já que pecamos contra ele." (Jeremias 8, 14)

"Então, por que não encontrei pessoa alguma quando vim? Por que ninguém respondeu ao meu apelo? Tenho eu realmente a mão demasiado curta para libertar, ou não tenho bastante força para salvar? Contudo, com uma simples ameaça, seco o mar e transformo as ondas em terra firme, de forma tal a faltar água para seus peixes, e seus animais perecerem de sede." (Isaias 50,2)

"Estava grávida e gritava de dores, sentindo as angústias de dar à luz." (Apocalipse 12, 2)