Espírito Santo vive a pior seca e entra em cenário de alerta com municipios decretando situação de emergência

30.01.2015

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O Espírito Santo vive a pior seca dos últimos 40 anos. A estiagem que já dura 47 dias levou o governo do estado a declarar a existência de 'cenário de alerta', nesta terça-feira (27). Uma série de ações que visam minimizar os efeitos da falta de chuva foram anunciadas pela Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag). As consequências da estiagem vão desde o provável fechamento da hidrelétrica em Santa Maria de de Jetibá, na região Serrana, até a redução da programação do carnaval em Piúma, no Sul do estado.

Uma das medidas anunciadas pelo governo é voltada para a agricultura: estão proibidas novas instalações de irrigação, assim como a liberação de crédito para equipamentos desse tipo. Outra determinação é que as companhias de abastecimento de água priorizem o atendimento à população e revisem seus contratos com o setor industrial.

O setor de agricultura do estado consome 70% dos recursos hídricos. Com a escassez, o presidente da Agência de Recursos Hídricos do Estado, Paulo Monteiro, reforçou o comprometimento que as companhias de água devem ter com a legislação e a população.

"Tanto a legislação, quanto a política industrial de recursos hídricos, quanto a política nacional coloca que o abastecimento humano é o prioritário. Portanto diante do cenário de escassez, a resolução sinaliza claramente que essas companhias revejam seus contratos de fornecimento com essas indústrias. Do tipo, de reduzir a vazão para esses consumidores e de modo a manter o atendimento prioritário para a população", ressaltou Monteiro.

Municípios

Os municípios de Cachoeiro de Itapemirim, Alegre e Itaperimim, na região Sul do Espírito Santo, decretaram situação de emergência devido a estiagem que atinge o estado. A seca provoca prejuízos para a agricultura, a pecuária, além de reduzir a capacidade de abastecimento à população.

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Em Itapemirim, segundo o secretário de Agricultura, Luciano Henriques, houve quebra na produção de cana-de-açúcar, leite, abacaxi, café, mandioca e feijão devido à seca. “O município apresenta 50% de perda tanto na pecuária quanto na agricultura”, disse.

Em Cachoeiro de Itapemirim, segundo o prefeito Carlos Casteglione, mais de 600 propriedades sofrem com a seca. Houve perda de lavouras inteiras e córregos secaram. Não é diferente em Alegre. Em Guaçuí, desde o ano passado a prefeitura está notificando quem desperdiça água.

Na Grande Vitória, um exemplo dos estragos da seca está no leito do Rio Jucu. Em Caçaroca, Vila Velha, ele não consegue ultrapassar a barragem feita pela Cesan, que aumentou a altura do dique para criar uma lagoa que permita o abastecimento. “Pela primeira vez, em 30 anos, o curso do rio foi interrompido. Abaixo do dique não há água doce, só salgada, voltando do mar”, relatou o ambientalista Eduardo Pignaton.

Um decreto da prefeitura de Guarapari, litoral do Espírito Santo, proíbe o uso de água potável da rede pública para lavar veículos, calçadas, frentes de imóveis, ruas, encher piscinas, e outras situações que não sejam o consumo humano, a partir da última quarta-feira (28). De acordo com a administração municipal, foram considerados vários fatores antes da imposição da medida, tais como a prolongada estiagem, o clima seco e a atual falta de água. A prefeitura ainda acrescentou que os infratores poderão ser multados

Com a seca e o calor, o prejuízo no campo pode chegar a R$ 1,4 bilhão. As lavouras de café são as mais prejudicadas. As folhas estão caindo e os grãos amadurecendo antes da hora. Nas Centrais de Abastecimento do Espírito Santo (Ceasa), as medidas para conter os estragos do verão começam com o resfriamento das frutas mais sensíveis ao calor, como o caqui.

De acordo com o Incaper, em todo o estado as perdas nas lavouras de café variam de 20% a 32%; na produção de leite entre 23% e 28%; e na fruticultura entre 20% e 30%. Isso representa perda de cerca de R$ 960 milhões na cafeicultura, R$ 300 milhões na fruticultura, e R$ 130,7 milhões na pecuária de leite, com base na produção e no faturamento dos produtores rurais no ano de 2014.

Fonte G1

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Nota de www.rainhamaria.com.br

Por Dilson Kutscher

A maior seca acontece no coração dos homens e reflete nas fontes de água da Terra.

Diz na Sagrada Escritura:

"Clamo a vós, Senhor, porque o fogo devorou a erva do deserto, a chama queimou todas as árvores do campo; os próprios animais selvagens suspiram por vós, porque as correntes das águas secaram, e o fogo devorou a erva do deserto". (Joel 1, 19-20)

"Muito tempo guardei o silêncio, permaneci mudo e me contive. Mas agora grito, como mulher nas dores do parto; minha respiração se precipita.
Vou devastar montanhas e colinas, secar toda a vegetação, transformar os cursos de água em terras áridas, e fazer secar os tanques". (Isaias 42)

"Haverá algum homem sábio que possa compreender essas coisas? A quem as revelou o Senhor a fim de que as explique? Por que perdeu-se essa terra, queimada como o deserto, por onde ninguém mais passa"? (Jeremias 9, 11)

"O quarto derramou a sua taça sobre o sol, e foi-lhe dado queimar os homens com o fogo.  E os homens foram queimados por grande calor, e amaldiçoaram o nome de Deus, que pode desencadear esses flagelos; e não quiseram arrepender-se e dar-lhe glória". (Apocalipse 16, 8 -9)

"Estava grávida e gritava de dores, sentindo as angústias de dar à luz". (Apocalipse 12, 2)