São Pio de Pietrelcina, o Concílio e a Missa Nova

21.04.2015 -

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Publicamos a seguir um extrato do artigo do Frei João, capuchinho de Morgon (França), publicado na Carta aos amigos de São Francisco, n° 17, de 02.02.1999:

«Modelo de respeito e de submissão para com os seus superiores eclesiásticos e religiosos, em particular por ocasião das perseguições contra a sua pessoa, o Padre Pio de Pietrelcina não podia ficar mudo perante um desafio nefasto à Igreja. Antes mesmo do fim do concílio, em fevereiro de 1965, anunciaram-lhe que seria preciso em breve celebrar a missa segundo um novo rito “ad experimentum”, em língua vulgar, e elaborado por uma comissão litúrgica conciliar para responder às aspirações do homem moderno.

Antes mesmo de ter o seu texto debaixo dos olhos, escreveu imediatamente a Paulo VI pedindo-lhe fosse dispensado desta experiência litúrgica e pudesse continuar a celebrar a missa de São Pio V.

Tendo-se o cardeal Bacci deslocado em pessoa para lhe levar esta autorização, Padre Pio deixou escapar esta queixa junto do enviado do Papa: “O Concílio, por piedade, acabai com ele depressa!”

No mesmo ano, na euforia conciliar que prometia uma “nova primavera” para a Igreja e para o mundo, confiava a um de seus filhos espirituais: “Rezemos nesta época de trevas. Façamos penitência pelos eleitos.”

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Quão significativas outras cenas: essas reações em face do “aggiornamento” que as ordens religiosas assimilaram no dia seguinte ao Vaticano II (citações extraídas duma obra munida de imprimatur):

“O Padre Geral (dos franciscanos) veio de Roma antes do capítulo especial para as constituições, em 1966, para pedir ao Padre Pio orações e bênçãos. Encontrou o Padre Pio no corredor do convento: ‘Padre, vim para vos recomendar o capítulo especial para as novas constituições... ’ Apenas ouviu ‘capítulo especial’, Padre Pio fez um gesto violento e gritou: ‘Não são senão parlapatices e ruínas!’ ‘Mas que quereis, Padre?

As novas gerações... Os jovens evoluem à sua maneira... Há novas exigências... ’ ‘É o cérebro e o coração que faltam, eis tudo, a inteligência e o amor’.

Em seguida avançou para a sua cela, deu meia-volta, apontou o dedo dizendo: ‘Não nos desnaturemos, não nos desnaturemos! Quando Deus nos julgar, São Francisco não nos reconhecerá como filhos!’

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“Um ano depois, a mesma cena para o “aggiornamento” dos capuchinhos: “Um dia, confrades com o Padre Definidor Geral discutiam sobre a Ordem, quando o Padre Pio, tomando uma atitude espantosa, se pôs a gritar ao mesmo tempo em que fixava o olhar ao longe: ‘Mas o que estais prestes a fazer em Roma? Que combinais vós?
Quereis mesmo mudar a Regra de São Francisco!’ E o Definidor diz: ‘Padre, propõem-se estas mudanças porque os jovens nada querem saber da tonsura, do hábito, dos pés descalços... ’

‘Expulsai-os fora! Expulsai-os fora! Mas quê? São eles que vão fazer um favor a São Francisco ao tomarem o hábito e ao seguirem o seu modo de vida, ou é antes São Francisco que lhes faz um grande dom?’”

Se se considera que o Padre Pio foi um verdadeiro alter Christus, que toda a sua pessoa, corpo e alma, foi tão perfeitamente conforme quanto possível à de Jesus Cristo, esta recusa nítida das inovações da Missa e do “aggiornamento” deve ser para nós uma lição a reter. É também notável que o Bom Deus tenha querido lembrar-se dele, seu fiel servidor, pouco tempo antes da imposição implacável das reformas do Concílio no seio da Igreja e da ordem capuchinha. E que Katarina Tangari, uma das suas filhas espirituais mais privilegiadas, tenha apoiado tão admiravelmente os padres de Écône até a morte, um ano após as sagrações episcopais

Profetizou que os comunistas chegariam ao poder “por surpresa, sem desfechar golpe... Nós nos daremos conta disso da noite para o dia”.
Chegou a precisar até, a Monsenhor Piccinelli, que a bandeira vermelha flutuará sobre o Vaticano, “mas isso passará”.

Ainda aqui a sua conclusão coincide com a da Rainha dos Profetas: “Mas por fim o meu Coração Imaculado triunfará!”

Fonte:  www.mariamaedaigreja

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Nota de www.rainhamaria.com.br

Artigo Publicado em 03.11.2014

Uma Visão Profética do Padre Pio de Pietrelcina

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Existe na história da Igreja, além da leitura dos acontecimentos, real ou falsa, uma outra leitura, a dos místicos, que têm o privilégio de ser objeto da predileção divina e, portanto, de serem informados diretamente pelo Céu sobre os eventos, fazendo-se de porta-vozes dos anúncios sobrenaturais e das profecias.

Nos tempos atuais de confusão, mistificação, engano e erro da e na Fé, torna-se muito interessante ler o que o Padre Pio de Pietrelcina escreve a seu confessor, Padre Agostinho, em 7 de abril de 1913. Nesse sofrido escrito o santo descreve uma aparição de Cristo agonizante devido ao comportamento dos sacerdotes indignos.

“Na sexta-feira de manhã eu me encontrava ainda na cama, quando Jesus me apareceu. Estava todo maltratado e desfigurado. Ele me mostrou uma grande multidão de sacerdotes regulares e seculares, entre os quais diversos dignitários eclesiásticos; destes, alguns estavam celebrando, outros se desviando, e outros se despindo das vestes sagradas.

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“A visão de Jesus angustiado causava-me muita pena, por isso quis Lhe perguntar por que sofria tanto. Não obtive nenhuma resposta. Contudo, seu olhar se dirigiu para aqueles sacerdotes; mas pouco depois, quase horrorizado e como se fosse parar de fitar, retirou o olhar e, quando o voltou para mim, observei com grande horror duas lágrimas que Lhe sulcavam o rosto. Distanciou-se daquela turba de sacerdotes com uma grande expressão de desgosto na face, gritando: ‘Açougueiros!’

“E voltando-se para mim, disse: ‘Meu filho, não acredites que minha agonia foi de três horas, não; Eu estarei, por causa das almas mais beneficiadas, em agonia até o fim do mundo. Durante o tempo da minha agonia, meu filho, não se deve dormir.

“‘Minha alma vai em busca de algumas gotas de compaixão humana, mas infelizmente me deixam sozinho sob o peso da indiferença. A ingratidão e o sono de meus ministros tornam minha agonia mais pesada. Oh, como correspondem mal ao meu amor! O que mais me aflige é que à indiferença essas pessoas juntam o desprezo, a incredulidade.

“‘Quantas vezes Eu estive para fulminá-los, se não tivesse sido contido pelos anjos e pelas almas enamoradas de Mim… Escreve ao teu confessor e narra-lhe o que viste e ouviste de Mim esta manhã. Diz-lhe que mostre a tua carta ao Provincial …’. Jesus ainda continuou, mas o que Ele disse não posso jamais revelar a criatura alguma neste mundo. Essa aparição me causou uma tal dor no corpo, mas ainda mais na alma, que durante todo o dia fiquei prostrado e julguei que fosse morrer, se o dulcíssimo Jesus já não me tivesse revelado… Jesus infelizmente tem razão para lamentar de nossa ingratidão! Quantos desgraçados de nossos irmãos correspondem ao amor de Jesus lançando-se de braços abertos na seita infame da maçonaria!

Rezemos por eles, a fim de que o Senhor ilumine suas mentes e toque seus corações. Encoraje o nosso padre provincial, que receberá do Senhor um copioso socorro de favores celestes. O bem da nossa província mãe deve ser a sua constante aspiração. Para isso devem tender todos os seus esforços. Para esse fim devem ser direcionadas as nossas orações, tudo o que possuímos. Na reorganização da província, não podemos poupar ao provincial as dificuldades, as doenças, as fadigas; contudo, cuidar para não perder o ânimo, o misericordioso Jesus sustentará a empresa. A guerra dos cossacos vai se intensificando cada vez mais, mas não tenha medo, com a ajuda de Deus” (Padre Pio da Pietrelcina, Epistolario I, por Melchiorre da Pobladura e Alessandro da Ripabottoni, San Giovanni Rotondo 2004, pp. 350 e ss., carta no. 123).

Padre Pio, como ele assinava, demonstra com este documento o seguinte: 1) Na Igreja existem ministros que fazem agonizar e irar (desejo de fulminá-los) o Filho de Deus; 2) Esses ministros demonstram sua indiferença e ingratidão para com Quem os chamou a uma tão alta honra; 3) Eles desagradam seriamente o Senhor Jesus, a ponto de O fazerem gritar, referindo-se a eles, “Açougueiros!”, pelo fato de se aproximarem do Santíssimo Sacramento com indiferença, desprezo e descrença; 4) Eles são abertamente acusados de entrar e fazer parte da “seita infame da maçonaria”; 5) A guerra lançada pelos maçons na Igreja é cada vez mais forte (estamos no ano 1913), mas não faz temer o Padre Pio, porque ele confia na ajuda do Onipotente.

O que estamos testemunhando hoje nas nossas paróquias, nas nossas dioceses, na nossa Roma só pode confirmar o que o santo de Pietrelcina escreveu um século atrás.

Fonte: http://fratresinunum.com  -  imagens  www.rainhamaria.com.br