Fim da água pode causar cenário apocalíptico em São Paulo, imaginar o pior é a melhor forma de se preparar para ele

02.02.2015 -

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Dizem que imaginar o pior é a melhor forma de se preparar para ele. E o pior se avizinha com a crise hídrica no Estado e na Grande São Paulo. A cada dia que passa, os níveis dos reservatórios que abastecem a região caem um pouco mais e, com o final do período chuvoso - e nada de água acumulada -, o cenário que se desenha num futuro não muito distante é verdadeiramente catastrófico. Muitas obras de ficção já exploraram a premissa de um mundo em colapso pela falta de água. E, na maior parte deles, o cenário não é bom. O Terra preparou este especial a partir de um esforço de imaginação fundamentada: o que de pior pode acontecer se a água realmente acabar? O que nos aguarda para além do volume morto?

A primeira mudança que seria notada aconteceria dentro da casa de cada paulistano. Nesta São Paulo hipotética, toda e qualquer água deverá ser comprada - e ela não será barata. Sendo assim, o precioso líquido seria utilizado basicamente para o consumo e para a higiene pessoal - mas em quantidades cuidadosamente reguladas. O banho, de canequinha ou com pano úmido, mostraria a cruel e mal cheirosa realidade da seca.

Deixaríamos a louça de lado para conviver apenas com pratos, talheres e copos descartáveis. E no banheiro, sem dispormos das descargas, o fedor imperaria, maquiado por um arsenal de poderosos aromas artificiais.

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PERFUME: GÊNERO DE PRIMEIRA NECESSIDADE

Mestres na arte de fazer perfume e vivendo em um país de clima ameno, os franceses podem se dar ao luxo de não serem tão chegados ao banho quanto nós brasileiros. A falta completa de água nos aproximaria dos franceses já que, sem banho, seria praticamente impossível passar um dia sem perfume. O que já foi supérfluo passaria a ser uma necessidade para evitar o cheiro de corpo (CC). Desodorantes, perfumes e lenços umedecidos se tornariam itens básicos a qualquer cidadão.

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SEGURANÇA PRIVADA DE ÁGUA

A água não viria mais pelo cano e a escassez do líquido na São Paulo seca o transformaria em um bem valioso. Tão valioso que seu transporte se assemelharia ao transporte de valores, com empresas de segurança contratadas para acompanhar caminhões pipa vindos de outras regiões do Brasil. Nesse cenário, não seria impossível que facções criminosas que ocupam comunidades na periferia tomassem os caminhões para distribuir água em regiões esquecidas pelo poder público. Ataques por água se tornariam fatos corriqueiros já que a cidade é enorme e não haveria outro jeito de entregar água senão com caminhões pipa circulando diuturnamente pela cidade.

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DEMISSÕES EM MASSA E COMIDA MAIS CARA

Com a falta completa de água, as fábricas de São Paulo devem parar e os funcionários podem acabar demitidos ou mandados para casa em regime de férias coletivas. O colapso seria uma possibilidade ainda mais real para alguns setores, como químico, têxtil, metalúrgico, alimentício e de celulose - todos dependentes do uso intensivo da água. Produtos básicos, como alimentos, papel higiênico e de vestuário poderiam começar a faltar.

Como parte do que é consumido de legumes e frutas na região metropolitana vem do interior do Estado, produtos frescos também desapareceriam das feiras e gôndolas dos mercados. Quando disponíveis, teriam preço altíssimo.

Quem já colocou os pés em uma cozinha sabe que água é fundamental em quase todas as dietas. A falta do líquido precioso tornaria o ato de cozinhar extremamente caro - um imenso problema não só para quem cozinha para a família, mas também para os restaurantes. Manter um restaurante aberto, com o uso de água tanto na cozinha quando nos banheiros, seria para poucos. E o valor desta estrutura, é claro, seria repassado para os clientes.

Arroz, feijão, salada, macarrão - estes são alimentos que dependem muito da água para chegarem à mesa. Com a alta dos alimentos, seria vantajoso comprar carne bovina - vinda de outras regiões do País - e peixes de água salgada para preparo em grelhas ou churrasqueiras.

FÉRIAS ESCOLARES PERMANENTES

A falta de água pode fazer com que a maioria das escolas públicas mande as crianças para casa. Escolas particulares investiriam na compra de água, mas o gasto seria repassado aos pais com alta na mensalidade, tornando a vida na já cara São Paulo ainda mais dispendiosa. Escolas em período integral e que servem merenda provavelmente teriam de parar com o serviço e as crianças teriam que voltar para casa mais cedo.

ÊXODO URBANO EM MASSA

Com o colapso na distribuição de água e demissões em massa, não haveria mais motivo para muitos paulistanos continuarem na cidade. Alguns podem optar pelo interior e cidades próximas, onde a crise não é tão forte. Outros podem acabar voltando para seus Estados de origem ou onde moram familiares. O governo pode até vir a criar um programa de incentivo para que as pessoas que querem deixar São Paulo saiam da cidade. Uma ajuda de custo pode até ser oferecida para que quem já quer deixar a região o faça mais rapidamente.

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TRÁFICO DE ÁGUA

O comércio de água e alimentos tem regulamentação própria. Com a seca, a venda de versões pirata desses produtos, ou seja, que não respeitam as duras e necessárias leis que regulam o setor, pode ser tornar realidade. E como não haveria alternativa ao consumidor, água poluída e tratada a toque de caixa com tabletes de cloro, por exemplo, seria vendida - e comprada - por preços altíssimos.

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CLUBES FECHADOS

Algumas instituições comerciais perderiam sua função social e seriam fiscalizadas pela prefeitura. Clubes aquáticos e lava-rápidos, por exemplo, seriam proibidos de funcionar até o término da situação crítica.

Por causa da falta de água, serviços deixariam de ser prioridade do governo e toda água destinada para este meio seria revertida para o consumo humano.

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EXÉRCITO NA RUA - CAOS SOCIAL E REVOLTAS

A falta de água na torneira durante dias iria causar uma verdadeira disputa pelo líquido. Saques em depósitos de água e invasão de prédios públicos se tornariam rotina. Para conter os ânimos em São Paulo, o Exército e a Força Nacional poderiam ter de ser convocadas para garantir a ordem. A cidade entraria em nível de alerta e, com o avançar da crise, até um toque de recolher pode vir a ser decretado em algumas regiões. Salve-se quem puder!

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Fonte: Terra noticias

 

A nova forma para se tomar um banho diário em São Paulo, uma galão de água improvisado, acoplado num chuveirinho...Sinal dos Tempos.

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Nota de www.rainhamaria.com.br

Por Dilson Kutscher

A maior seca acontece no coração dos homens e reflete nas fontes de água da Terra.

Diz na Sagrada Escritura:

"Clamo a vós, Senhor, porque o fogo devorou a erva do deserto, a chama queimou todas as árvores do campo; os próprios animais selvagens suspiram por vós, porque as correntes das águas secaram, e o fogo devorou a erva do deserto". (Joel 1, 19-20)

"Muito tempo guardei o silêncio, permaneci mudo e me contive. Mas agora grito, como mulher nas dores do parto; minha respiração se precipita.
Vou devastar montanhas e colinas, secar toda a vegetação, transformar os cursos de água em terras áridas, e fazer secar os tanques". (Isaias 42)

"Haverá algum homem sábio que possa compreender essas coisas? A quem as revelou o Senhor a fim de que as explique? Por que perdeu-se essa terra, queimada como o deserto, por onde ninguém mais passa"? (Jeremias 9, 11)

"O quarto derramou a sua taça sobre o sol, e foi-lhe dado queimar os homens com o fogo.  E os homens foram queimados por grande calor, e amaldiçoaram o nome de Deus, que pode desencadear esses flagelos; e não quiseram arrepender-se e dar-lhe glória". (Apocalipse 16, 8 -9)

"Estava grávida e gritava de dores, sentindo as angústias de dar à luz". (Apocalipse 12, 2)