Bento: Pelo Seu poder e pela Sua bondade, Senhor, só tenho que agradecer por Mim e pela Minha família.
Nada mais nos separa, Meu filho. Os que Me buscam, ainda não tem tanta certeza de que vens mantendo, Comigo, este diálogo diariamente. Jogaste fora todo o teu trabalho que aprendeste, para não se misturar com o Meu; o teu outro serviço era levar as pessoas para um divertimento que fazia muitos beber, fumar e brigar até a morte, como acontece algumas vezes. Mas, depois que te chamei, jamais voltastes ao passado. Isto é raro, uma pessoa deixar o seu serviço, para evangelizar, mesmo sendo perseguido até pelos próprios clérigos dentro da Minha Igreja, que passei a Pedro e que hoje está com João Paulo II. Há quem diga, que este teu gesto é uma maneira de enganar a muitos, para que possam ter pena de ti, para que tenhas algum tipo de ajuda. Ninguém, porém, deixa o seu serviço, para ficar a Minha disposição, sem ter salário.
Bento, Meu querido filho, vejo milhares Me pedindo ajuda a todo momento, mas não vejo alguém Me perguntando: “Jesus! O que posso fazer por ti, se a própria cúria não dispensa nada? Cobra dos grandes e dos pequenos, seja no batizado, casamento e outros sacramentos”. Eu ensinei aos Meus Discípulos: “Ajudai os mais fracos. Se tens duas túnicas, dê uma a alguém que não tem nenhuma; se possuíres duas sandálias, dê uma ao teu irmão que anda descalço” (Lc. 3,11), e não tirar de quem não tem. A palavra que está escrita: “Contribui com a tua Igreja, naquilo que tu podes”, que é o dízimo. O enriquecimento de qualquer um, tirado das costas dos pobres, pesará na balança, quando chegar o momento, para quem praticou a injustiça. Ninguém é forçado a fazer nada que venha a prejudicar o seu irmão. Se tal pessoa faz isso, sabendo que está cometendo um erro, seu pecado é bem maior. Os amigos de Deus sempre reconhecem os que não podem pagar para batizar o seu filho ou casamento. Quem faz isso, tem a semente da Minha espiritualidade dentro do seu coração. Se Me perguntares, então, como viverá a Igreja, Eu te direi: “Se de graça recebeste, de graça terias que dar”. Não precisas estipular o preço para nada, basta pedir ajuda ao povo. Um poderá dar pouco, mas o outro poderá dar mais. Assim era no tempo que passei na Terra.
Não está escrito, daquele que veio para Me tentar com um denário, o que foi que respondi? “Daí a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus”. Judas, por ser ganancioso, não largava a sua bolsa. Por achar pouco o que tinha, vendeu-Me por trinta moedas de prata. Hoje, os falsos profetas continuam Me vendendo para receberem curas e também para entrarem no Céu. Bando de rapina, cobras venenosas, que dão o seu bote para morder todos aqueles que caem nas suas promessas. Com o Meu retorno, nesta Terra, vou cobrar tudo que fizeram com os pobres. Não haverá privilegiado. Para justiceiro, perdão, nem pensar. Bem que João falou na beira do rio Jordão: “Cobrai aquilo que deve ser feito e não explorai ninguém” (Lc. 3,14).
Obrigado, Meu filho. Quem Comigo caminha, não tropeça. Só faz o que Eu mando.