Já ouviste dizer que não se pode servir a dois senhores na mesma proporção. Digo-vos que todo aquele que vier adorar um deus que não existe está fora de Minha jurisdição. Não admito vir Me pedir socorro na última hora, por ter deixado de Me adorar. Não sou vingativo e nem justiceiro, mas também não gosto de quem não gosta de Mim. Porque, no mesmo instante que sou o único Rei verdadeiro, sou também como uma criancinha que gosta de carinho. Assim como tu Me faz, querido filho Pedro II, embalando-Me em tuas mãos, as coisas sagradas e em tudo que me pertence. É isto que mais admiro em ti e em muitos outros que vêm te acompanhando. Quando beijas um crucifixo é o mesmo que estivesse Me beijando. Ao receberes a Santa Hóstia sempre Me dizes: ‘Obrigado por este momento mais precioso de minha vida’. Por seres assim para Comigo é que tens este cargo tão grande que te passei. Ninguém pode ver este teu gesto, mas Eu posso.
Diante de Mim vens Me defendendo a todo instante. Não gostas de injustiça, não ris da desgraça dos outros, sempre tens pena, mesmo que seja um ateu. Papel assim como vens fazendo é raríssimo na face da terra. O tamanho de um homem não se mede pela estatura e nem pela sabedoria. Mede-se pela fé e pela caridade.
Pedro II: Jesus! Quer dizer que mesmo simples como sou, na frente do Senhor eu sou grande?
Toda beleza que está numa flor é pelo seu perfume e não pelo tamanho. O mesmo é o coração de um simples homem. Um pequeno órgão que Eu criei, que vem Me dando todo conforto. Este é o teu coração, como de muitos que vêm Me honrando.