Igreja afirma que deputados a favor do aborto estão cooperando com o demônio

 

Na Irlanda o aborto só é permitido em casos onde a gravidez pode causar riscos de morte à gestante e agora quando a mulher ameaçar suicídio

 

Igreja afirma que deputados a favor do aborto estão cooperando com o demônioDeputados a favor do aborto estão cooperando com o demônio

Esta semana o parlamento irlandês votou sobre uma lei que aprova o aborto em casos onde a gestante ameaça se suicidar. A votação do projeto começou nesta quarta-feira (10) e movimentou a população que não apoia a interrupção da gravidez.

O arcebispo adjunto de Armagh, Eamon Martin, chegou a dizer que os deputados que são a favor do aborto estão “em cooperação com o demônio” e afirmou que os parlamentares que votassem a favor do projeto poderiam ser chamados para dar explicações aos sacerdotes.

A Igreja Católica irlandesa tentou impedir a aprovação do aborto afirmando através de Martin que a interrupção da gravidez é um “assassinato de uma criança inocente”, portanto, quem é favor desse assassinato não pode “se reconciliar com a fé”.

Um grupo antiaborto com aproximadamente 100 pessoas esteve reunido na frente do parlamento para tentar mudar a posição do governo de coalização e trabalhistas.

Na Irlanda o aborto é permitido quando a gravidez pode causar riscos à saúde da mulher, sendo que a decisão é feita pelos médicos que muitas vezes não optam pelo aborto com medo de consequências legais ou por ter convicções religiosas.

A inclusão da ameaça de suicídio como motivo para aprovação do aborto preocupou os mais conservadores que enxergam a medida como uma forma de abrir uma brecha na lei que vai criar uma “demanda de abortos”.

De acordo com a AFP em 2012 3.982 mulheres saíram da Irlanda para realizar aborto na Inglaterra ou no País de Gales. O Ministério de Saúde britânico diz que dessas mulheres, 124 eram menores de 18 anos.