Audiência do Congresso dos EUA Examina Genocídio de Bebês do Sexo Feminino na Índia

 

Lisa Correnti
WASHINGTON DC, EUA, 13 de setembro (C-FAM) Dá para descobrir a origem da matança generalizada de meninas na Índia por meio de aborto de seleção sexual e infanticídio nos programas coercivos instituídos por alarmistas populacionais, agências da ONU, grupos de aborto e países ricos, inclusive os EUA.
“Aborto de seleção sexual — uma política violenta, nefasta e deliberada imposta no mundo pelo movimento pró-aborto de controle populacional — não é acaso algum,” disse o congressista Chris Smith, presidente da subcomissão sobre África, Saúde Global e Direitos Humanos.
A audiência de Assuntos Externos da Câmara dos Deputados sobre “Meninas Faltantes da Índia” examinou práticas discriminatórias sexuais e as consequências da torcida proporção sexual de mais de 37 milhões de meninas sendo abortadas, ou mortas por suas mães ou membros da família logo após o nascimento.
“Seleção sexual desenfreada em décadas recentes criou um genocídio,” testificou o Dr. Sabu George. “Mais meninas na Índia e China são eliminadas anualmente do que o número de meninas que nascem nos EUA,” continuou ele. O Dr. George tem trabalhado na Índia há 28 para proteger as meninas de negligência, infanticídio e seleção sexual.
O Dr. George pediu que os congressistas impedissem as empresas americanas de tirar proveito de exploradoras práticas de seleção sexual na Índia, tais como o Google veiculando anúncios comerciais que promovem turismo de seleção sexual. Testemunhas contaram da General Electric vendendo milhares de máquinas de ultrassonografia para clínicas particulares apesar de que a seleção sexual é ilegal em hospitais públicos.
Para entender como o aborto de seleção sexual se espalha globalmente, Matthew Connelly, professor da Universidade de Columbia, investigou políticas inspiradas pelo mito da explosão populacional de autoria de Paul Ehrlich, biólogo da Universidade de Stanford. O chamado de Ehrlich por métodos para decidir o sexo dos bebês como um jeito de reduzir a população estimulou a abertura do primeiro departamento reprodutivo numa faculdade de medicina da Índia. As Fundações Ford e Rockefeller o financiaram.
Sheldon Segal, então presidente do Conselho de População, instruiu médicos indianos sobre decidir seleção sexual fetal com o propósito de redução populacional. Programas coercivos de controle populacional eram administrados por meio da Federação de Planejamento Familiar, o Fundo de População da ONU e a USAID.
“Enquanto essas organizações se recusarem a encarar sua história, elas serão vulneráveis a acusações de que estão ainda tentando controlar as pessoas, em vez de lhes dar direitos,” testificou o professor Connelly.
Jill McElya testemunhou infanticídio de meninas enquanto estava trabalhando no Sul da Índia em 2009. A fundadora do Projeto Menina Invisível disse à comissão acerca de mulheres matando suas meninas recém-nascidas porque seus maridos e parentes queriam ter filhos do sexo masculino.
McElya disse que o déficit no número de mulheres para homens gera agressões sexuais, tráfico de meninas para prostituição e casamentos de meninas.
A Índia tem uma lei nacional que proíbe escolha de sexo. Mas a prática continua devido a uma falta de vontade política a nível estatal para fazer cumpri-la, disse McElya. Ela acredita que os EUA deveriam exigir um relatório anual de prestação de contas dos países, semelhante ao que se exige na questão do tráfico sexual, para motivar os países a terminar os abortos e infanticídios de seleção sexual.
Mallika Dutt disse à comissão sobre passar a noite num hospital caçando ratos para impedi-los de se alimentar das mulheres que haviam sido queimadas pelo marido ou parentes por causa de dotes insuficientes. Dutt, presidente de Breakthrough, trabalha em nível comunitário para educar sobre o valor de meninas e mulheres e pelo fim da preferência por meninos.
Embora a organização de Dutt defenda o fim da “seleção sexual de meninas,” ela é firme na posição de que o aborto não deve ser restringido.
O Deputado Smith desafiou a senhorita Dutt já que 2 milhões de meninas são abortadas anualmente. “O preconceito contra as meninas e mulheres… começa no útero,” disse Smith.