Sinal dos Tempos: Maternidade do AP registrou 3,5 mil partos de adolescentes a partir dos 12 anos

 

25.07.2014 - Um levantamento feito pelo Hospital da Mulher Mãe Luzia, a única maternidade pública do Amapá, registrou ao menos 3,5 mil partos de adolescentes com idade entre 12 e 17 anos em 2013. O número é quase metade dos 8,5 mil partos que foram realizados no mesmo ano.

O dado é considerado preocupante pela diretoria do hospital, que já realizou 476 partos de meninas na faixa-etária de 12 a 15 anos nos primeiros seis meses de 2014.

Um dos motivos apontados para o elevado número de gestações na adolescência no estado ainda está relacionado à falta de proteção durante a relação sexual, segundo a direção da maternidade. Um dos casos que mais chamou a atenção de médicos e profissionais que atuam no hospital foi a realização do parto de uma menina de 10 anos, em 2003.

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A diarista Ivanete Farias é mãe de uma adolescente de 15 anos. A jovem engravidou aos 14 anos e foi abandonada pelo namorado após saber da notícia. Mesmo com a pouca idade da filha, Ivanete ficou feliz quando descobriu que iria ser avó de uma menina.

“Eu fiquei alegre, pois vai chegar uma criança para alegrar a minha casa. Mas já avisei a ela que eu só quero essa”, contou a diarista.

O pedreiro Nelson Santos engravidou a namorada de 14 anos, que deu à luz um menino. Ele disse que a vinda do filho não foi planejada, mas resolveu assumir a criança.

“Nós ficamos felizes com nosso filho. Eu sei que foi muito cedo para ela engravidar, mas tudo aconteceu com a permissão de Deus”, disse.

O diretor da maternidade, Acimor Coutinho, explica que biologicamente, o corpo das adolescentes não está preparado para a gestação, devido o sistema reprodutor está em formação e as próprias mudanças físicas que ocorrem nessa fase. O risco de os bebês nascerem mortos ou com doenças congênitas é ainda maior.

“Tivemos na terça-feira [22] uma adolescente de 14 anos que teve um bebê pesando mais de quatro quilos. Isso é um risco porque ela ainda não estava com o útero pronto para a gestação, diferente de uma mulher com mais de 20 anos”, reforçou.

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Rayana Sanches, de 14 anos, mãe do bebê Pedro Henrique.

Entre os casos de doenças detectadas em bebês de mães jovens, está o da adolescente Rayana Sanches, de 14 anos, mãe de Pedro Henrique Sanches. O bebê está internado desde o dia 10 de junho na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da maternidade. A criança foi diagnosticada com osteogênese imperfeita, doença rara conhecida como “ossos de vidro”, que causa várias fraturas devido a fragilidade dos ossos. A família diz que não tem condições de custear o tratamento.

Ao nascer, o menino sofreu traumas na clavícula, tórax e no crânio. A jovem doará o enxoval do filho, que não tem previsão de alta, segundo a direção do hospital.

Para evitar uma nova gravidez entre as jovens atendidas na maternidade, o serviço social do hospital tem feito o encaminhamento das mães de 12 a 16 anos para a implantação do DIU (Dispositivo Intrauterino), método contraceptivo que evita a gravidez por até 10 anos. Acimor informou que o procedimento também pode ser feito nas Unidades Básicas de Saúde (UBS).

Fonte: G1

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Nota de www.rainhamaria.com.br

AS SETE PORTAS DO INFERNO

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QUINTA PORTA: A MÁ EDUCAÇÃO DOS FILHOS

Quantos pais se perdem e perdem a seus filhos porque não os educam no temor e amor de Deus, não cumprindo os cinco deveres principais que lhes impõe a paternidade, o amor, a correção, a instrução, a vigilância e o bom exemplo.

Maus pais que não amam os filhos como devem amá-los. Certos homens não merecem o belo título de pais. Desperdiçam no jogo, na bebida, na devassidão o dinheiro que ganham, deixando faltar aos filhos o estrito necessário. Há mães que amam aos filhos, mas só a parte material, o corpo. Quanto à alma, pouco ou nada se ocupam dela.

Adiam o batismo semanas e meses, deixando o filho entregue a Satanás e em perigo de morrer pagão. Quantas almas perdidas e quantas outras estragadas para sempre. Quanto mais Satanás se demora no coração do filho, mais o estraga. Toda a preocupação, todos os cuidados para com o corpo, até o luxo, até as modas mais indecentes, e quase nada para a alma.

Que será daquela filha a quem a mãe procura inspirar só vaidade, a quem fala só de beleza, a quem enfeita como uma divindade? Será uma moça vaidosa, orgulhosa. Ai do moço que a tomar por esposa, porque será uma esposa leviana, exigente, cuja paixão do luxo nada poderá satisfazer. Será daqui a pouco a desavença, a suspeita, a briga, o abandono, a ruína do lar.

Quantos pais, quantas mães mormente perdem a si mesmos porque não cumprem o dever da correção. O homem nasce inclinado ao vício, diz a Escritura. No coração da criança madrugam os maus instintos. Bem cedo é preciso reprimi-los, corrigir os filhos, dai a pouco será tarde, impossível.

Como corrigir? A força de gritos e descomposturas? Isso só serve para ensinar tudo quanto há de palavras feias. A força de pancadas? Isso avilta e embrutece. Em primeiro lugar é preciso avisar: — “Meu filho, não faças isso, não andes em tal companhia, não convém, não pode ser,  não consinto.” — Às vezes este aviso será suficiente. Em caso de reincidência na mesma falta, é necessário repreender energicamente e ameaçar e, enfim, no caso de nova reincidência, castigar severamente.

Até quando os pais têm obrigação de corrigir os filhos? Não se esqueçam que, enquanto filhos, não há grandes, nem velhos, não há filhos de barba branca. O filho, enquanto tiver filho, sempre será pai, e ai do pai que não avisa, repreende e corrige seu filho, e ai do filho que não atende às justas recomendações de seu pai.

Cedo também deve começar a instrução, porque tudo depende do começo, tudo depende pois, principalmente, da mãe. Feliz, mil vezes feliz quem teve uma mãe cristã e piedosa. Tal a mãe de S. Luís, rei da França. Tendo nos braços seu filhinho, dizia: “Meu filho, eu te amo muito, mas tu tens no céu um Pai, uma Mãe que te amam ainda mais; cuidado, não faças nada que possa ofendê-los, não cometas pecado. Antes quisera ver-te agora mesmo morrer em meus braços, que ver-te mais tarde, rei da França, cometer um só pecado mortal.” Mãe, o coração dessa criança, vosso filho, é um papel branco em que podeis escrever o que quiserdes. Gravai nele ódio ao pecado, amor a Deus, devoção a Maria Santíssima.

Ensinai e mandai ensinar-lhe o catecismo. É uma obrigação gravíssima. A mãe que não manda seu filho ao catecismo, onde é possível, é indigna de absolvição. Meninos e meninas de dez, doze anos, moços e moças que nunca apreenderam uma palavra de catecismo, nada sabem de religião e de suas obrigações, e por isso não se confessam, não comungam, vivem no pecado, é o que encontramos todos os dias. Os culpados são os pais. Quantas moças põem o pé no inferno no dia em que casam, porque assumem uma obrigação que são incapazes de cumprir, ensinar aos filhos a amarem e servirem a Deus. Que responsabilidade e como poderão salvar-se? Perdem a si e a seus filhos.

Mandai vossos filhos à escola, para que aprendam pelo menos a ler e escrever. Depois do pecado a coisa mais triste e funesta é a ignorância. Mas, cuidado! Vede bem que escola, que colégio, que mestres. Há escolas e colégios sem religião. Dali sairão vossos filhos sem fé e sem costumes. Não faltam as escolas e os colégios católicos. Vigilância neste ponto.

Vigilância em todos os sentidos. O maior bem que os pais possam deixar a seus filhos não são muitas riquezas, terras, dinheiro, mas a inocência e os bons costumes. Por isso seu grande empenho deve ser conservar-lhes este tesouro. Tarefa difícil em um mundo em que tudo é escândalo. Só uma grande vigilância. Os pais devem trazer os filhos presos debaixo de seus olhos. Sem esta sentinela de vista não escapam à corrupção. Vigilância, pais e mães, que vossos filhos não vejam nunca nada, nem em casa nem fora de casa, nem de dia nem de noite, nada capaz de ofender a inocência. Mas quantos pais, diz um santo, têm mais cuidado com seus animais, suas criações, que com seus filhos! Quantos pais deixam seus filhos andarem aonde e com quem querem, quantas mães deixam meninos e meninas brincarem longe de seus olhos.

Quantas crianças saem de casa inocentes e voltam culpados; quantos moços e moças acham sua perdição em noites de festas, de volta por estradas escuras e desertas! Quantos desastres! Pais e mães, onde andam vossos filhos e filhas, que casa, que pessoas, que divertimentos frequentam? Examinai vossa consciência, condenai-vos, antes que Deus a examine e vos condene.

Se é um grande pecado dos pais não afastarem os filhos do pecado, é um crime enorme levá-los ao pecado pelo mau exemplo. Tal pai, tal filho; tal mãe, tal filha. Filho de peixe sabe nadar, diz o adágio. Nada mais eficazmente funesto que o mau exemplo dos pais. Os pais não rezam, o pai não se confessa, a mãe não vai à Missa aos domingos, os filhos hão de fatalmente imitar seu procedimento. Por que rezar? — disse um dia uma menina à sua professora — eu nunca vejo papai nem mamãe rezarem. Que dizer dos pais que oferecem aos filhos o espetáculo positivo do vício e do pecado, pais que se embriagam, brigam, blasfemam; certas mães cuja vida é o pecado… os filhos o sabem e se envergonham, o que não os impedirá de, mais tarde, trilharem o mesmo caminho.

“Ai do homem, disse Jesus Cristo, que dá escândalo, isso é, dá mau exemplo”; por conseguinte, mil vezes ai dos pais que escandalizam seus filhos: “seria melhor lhes amarrar ao pescoço uma pedra e serem lançados ao mar.”

“Maldito seja meu pai, disse um condenado à morte, à hora de subir ao cadafalso, a ele é que devo a minha desgraça; nunca me ensinou meus deveres para com Deus e os homens, deixou-me frequentar más companhias, deu-me em tudo o mau exemplo.” Faz horror pensar que no inferno muitos filhos amaldiçoam aos pais e muitos pais aos filhos, porque foram uns para outros causadores de sua condenação.

Pais e mães, amai a vossos filhos com amor cristão, educai-os no amor e temor de Deus, afastai-os do mal e dai-lhes em tudo o bom exemplo, e vossos filhos vos darão gosto, neste mundo serão vossa consolação e no outro vossa coroa.

O Pequeno Missionário – Padre Guilherme Vaessen

Fonte: catolicosribeiraopreto.com   e   www.rainhamaria.com.br