Onda de Calor: Com falta de chuva, população deve economizar água em Santa Catarina

 

04.02.2014 -

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A possibilidade de rodízio no abastecimento de água levantada sexta-feira pela Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan) deixou a população catarinense em alerta. O calor e a falta de chuva têm piorado a situação, mas a orientação da companhia é clara: se economizar, será possível driblar o verão sem novos aborrecimentos.

O clima é apontado como um agravador por causar a queda nos níveis dos rios e o aumento no consumo. As previsões preocupam por calcular pouca chuva e temperaturas altas pelo menos até o meio de fevereiro.

Levantamento inicial da Casan, responsável pela distribuição de água em parte de SC, mostra que as regiões com o abastecimento mais comprometido são o Oeste e o Litoral Norte — mais especificamente em Pinhalzinho, Porto Belo e Bombinhas, onde consumidores ficaram às secas nesta segunda-feira.

Diretor de operação e meio ambiente da Casan, Valter Galina pede à população que restrinja o consumo ao essencial. Ele explica que os rodízios no abastecimento são comuns na região, tendo ocorrido em pelo menos três momentos desde 2003. A preocupação de Galina é outra: que a população se assuste e armazene água por conta própria, em tanques ou piscinas.

Como uma parcela do problema é contornada pelo armazenamento em barragens, os consumidores sem acesso à rede pública podem sofrer mais com o baixo índice de chuvas. O meteorologista da Epagri, Guilherme Xavier de Miranda, explica que cidades inteiras captam água diretamente dos rios ou de fontes subterrâneas, ficando à mercê quase exclusivamente da chuva.

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Imagem: Oeste de SC, está uma das situações mais críticas do Estado.

 

Abastecimento por região

Sul

A principal fonte de abastecimento do Sul de SC é a barragem do Rio São Bento, em Siderópolis, que atende a cerca de 300 mil pessoas na região de Criciúma. Segundo a regional Sul da Casan, está com o armazenamento na capacidade máxima desde a semana passada. Outros pontos de captação, como o Rio Vargedo (que abastece 13 mil pessoas na região do Morro da Fumaça), o Rio Amola-Faca (cerca de 4 mil pessoas em Turvo) e o Estiva do Rodrigues (em Passo de Torres) estão com medições normais.

Grande Florianópolis

O Rio Vargem do Braço (Rio Pilões), principal fonte de água da região, está com os níveis em baixa, mas sem problemas no abastecimento. Em janeiro, o nível médio do rio ficou em 1,23 metro, enquanto que na tarde de nesta segunda-feira, estava em torno de 1,1 metro. O manancial na Serra do Rio Tabuleiro abastece Biguaçu, São José, Florianópolis e Palhoça

A Lagoa do Peri, localizada no Sul da Ilha, e o Rio Cubatão, em Santo Amaro da Imperatriz, estão em situação de alerta, mas continuam com níveis considerados normais pela companhia. O primeiro manancial é responsável pelo abastecimento de parte do Sul e do Leste da Ilha, e é fonte de água para regiões como o Campeche e Armação. O segundo, junto com o Rio Pilões, abastece São José e parte da Ilha.

Oeste

Em Pinhalzinho, no Oeste de SC, está uma das situações mais críticas do Estado. Desde domingo, dois caminhões-pipa contratados pela Casan estão buscando 1,8 milhão de litros por dia no reservatório do laticínio da Aurora Alimentos, que fica a quatro quilômetros da Estação de Tratamento. De acordo com o chefe da agência da Casan no município, Juarez da Silva, são cerca de cinquenta viagens por dia, pois cada caminhão tem capacidade para 36 mil litros. O restante da demanda da cidade, que tem 16 mil habitantes, é captada no Rio Limeira. São 1,2 milhão de litros por dia. O Rio Limeira está fornecendo apenas 20 litros por segundo, cerca de 40% a menos do que o normal

Nesta segunda-feira, moradores do bairro Jardim Paraíso, na zona Norte de Joinville, protestaram contra a falta d'água. A Companhia Águas de Joinville informou ainda não ter certeza sobre o que tem prejudicado o abastecimento da região Norte da cidade. Segundo a assessoria, uma nova rede está em fase de instalação no bairro, com previsão de conclusão ainda este mês, além disso, afirma que o alto consumo agrava o problema.

Vale do Itajaí e Litoral Norte

Em Blumenau, a falta de água gerou protestos nesta segunda-feira. Mas, apesar de os moradores pedirem ações imediatas, o Serviço Municipal de Água e Esgoto (Samae) não tem solução prevista para resolver a falta d'água na região dos morros Dona Edith e Figueira, na Velha Grande. Segundo o diretor de Operações, Mauricio Carvalho Laus, o desabastecimento das casas não é consequência da incapacidade de captação ou de uma seca do rio Itajaí-Açu causada pelo calor.

As torneiras secas são causadas pelo fato de a bomba que abastece a região da rua Franz Muller não receber água suficiente para encher o reservatório que abastece as partes altas da cidade. Como medida paliativa, o Samae tenta fornecer água durante a noite e negocia com o Exército a subida de caminhões-pipa para distribuir água nestes locais. Cerca de 50 mil moradores de seis bairros sofrem com o fornecimento intermitente de água. No Litoral Norte, as cidades turísticas de Porto Belo e Bombinhas sofrem com falhas no abastecimento.

Fonte: Diário Catarinense

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Nota de www.rainhamaria.com.br

Diz na Sagrada Escritura:

"O quarto derramou a sua taça sobre o sol, e foi-lhe dado queimar os homens com o fogo.  E os homens foram queimados por grande calor, e amaldiçoaram o nome de Deus, que pode desencadear esses flagelos; e não quiseram arrepender-se e dar-lhe glória". (Ap 16, 8 -9)

"Estava grávida e gritava de dores, sentindo as angústias de dar à luz". (Apocalipse 12, 2)