Onda de calor em SC não tem prazo para acabar e catarinenses estão aflitos

 

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O calor dos últimos dias tem deixado os catarinenses aflitos, no sol ou na sombra, mas quem aguarda ansiosamente pelo frio vai precisar esperar um pouco mais. A partir dessa sexta-feira, a massa de ar que se direciona ao Estado deve ser desviada para o Oceano Atlântico, elevando as temperaturas e piorando a sensação de abafamento em SC.

Há possibilidade de chuvas apaziguarem um pouco o calor, mas a previsão é de que as cidades mais suscetíveis às altas temperaturas cheguem a registrar máximas acima dos 40°C. Nesta quinta-feira, a máxima no litoral é de 39°C, e no Vale do Itajaí, 40°C.

O meteorologista do Grupo RBS Leandro Puchalski explica que o tempo quente e a quase ausência de chuva são causados pelo que se chama de bloqueio atmosférico: quando o ar quente e seco predominante numa região bloqueia o avanço de nuvens de chuva de uma região vizinha. Por aqui, a massa que está sobre Santa Catarina impede a aproximação da chuva vinda do Rio Grande do Sul e do Uruguai.

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Mesmo com o calor incomum no Estado inteiro, este bloqueio faz as temperaturas em SC subirem ainda mais durante o fim de semana. Meteorologista da Epagri/Ciram, Marilene de Lima explica que a proximidade de uma frente fria aumenta também a instabilidade na região, causando chuvas rápidas e trovoadas de verão no litoral.

— É normal haver calor com a aproximação de uma frente fria, mas todo esse contexto pode causar chuvas fortes, inundações e até granizo. As cidades do litoral devem perceber essas mudanças, mas mesmo as trovoadas devem acontecer apenas em períodos curtos, diminuindo muito pouco o calor — afirma.

A onda de calor em SC não tem prazo para acabar. As altas temperaturas podem dar uma trégua a partir da segunda-feira, mas não o bastante para se decretar o fim da suadeira. A combinação de poucas chuvas com o tradicional calor de fevereiro ainda devem incomodar os catarinenses por mais algumas semanas.

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O Oeste, longe da massa de ar desviada ao litoral de SC, deve sofrer ainda mais com o calor de fevereiro. A possibilidade de trovoadas no litoral, mesmo que deixem o poder público em alerta, não deve baixar a temperatura em regiões mais afastadas do Oceano, onde já se registram secas e sérios problemas causados pelo clima.

— Ainda é muito cedo para determinar um dia certo para o tão esperado fim do calor, mas acredito que dentro da segunda quinzena de fevereiro isso aconteça. Teremos que acompanhar diariamente — especula Puchalski.

Fonte: Diário Catarinense