A revolta dos moradores se deve pela homenagem que a cruz prestava a Anthony Devaney, jovem cristão de 19 anos fatalmente atingido por um carro em maio de 2012. Além disso, muitas das mensagens deixadas no protesto questionavam a coerção contra o direito de liberdade de expressão.
A cruz foi retirada do local por Annmarie Devaney, mãe do rapaz falecido, que preferiu encerrar o assunto para evitar "uma confusão maior ou uma grande cena" de discussão com a Associação Humanista Americana, que estabeleceu a queixa. Contudo, a mãe do jovem disse que a situação foi como se "perdesse o filho novamente".
O órgão ateu apontou que a cruz em um local de propriedade pública fere a legislação do país, ao interferir na separação entre Igreja e Estado. Mas para Annmarie, eles apenas buscam um modo de aparecer na mídia e reclamar, já que a cruz não passava de uma simples homenagem ao filho cristão.
A Associação Humanista se manifestou dizendo que achou correta a decisão das autoridades locais, ao cumprir as exigências determinadas através da constituição. Já o blogueiro ateu Hemant Mehta destaca que o protesto dos moradores é algo muito mais constrangedor e oportunista.
Para Mehta, a família Devaney poderia simplificar a situação ao construir outro memorial com uma cruz em alguma propriedade privada, como a residência de Annmarie ou a igreja que Anthony frequentava antes de falecer.
Já Brian Tisdale, vereador local, veio contra a atitude do grupo ateu, dizendo que são "insensíveis". O vereador é responsável por um projeto que seria instalado em um estádio de beisebol local, com outra cruz homenageando veteranos de guerra. O projeto foi reprovado também por protesto da Associação Humanista.