Igreja acusa Maduro de querer impor o totalitarismo na Venezuela

 

A instituição também criticou a repressão aos opositores do governo e a violência contra os manifestantes

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A Conferência Episcopal da Venezuela criticou o governo de Nicolás Maduro por tentar impor um regime totalitário no país e pediu respeito aos direitos.

O monsenhor Diego Padrón, presidente da Conferência, foi quem falou sobre o caso dizendo que o plano da pátria, criado por Hugo Chávez antes de sua morte, é na verdade a imposição de um governo totalitário.

Padrón falou com a imprensa local criticando a atitude do governo venezuelano diante dos protestos que já duram dois meses e já deixaram 39 pessoas mortas.

“É muito grave tanto por sua magnitude quanto por sua duração, violência e consequências terríveis para nosso presente e futuro”, disse ele afirmando também que criminalizar os protestos é violar os direitos humanos.

A Conferência Episcopal Venezuela resolveu se manifestar para denunciar a repressão contra os manifestantes e as torturas que estão acontecendo contra as pessoas detidas, além de denunciar a perseguição judicial que prefeitos e deputados contrários ao governismo estão sofrendo.

“O governo se equivoca ao querer resolver a crise pela força, a repressão não é o caminho”, disse Padrón.

O religioso é a favor da mediação do Vaticano para que haja um diálogo entre os setores para acabar com a crise interna na Venezuela. Apesar de chamar vários representantes de setores distintos para negociação, Maduro ainda não convocou o arcebispo de Caracas, Jorge Urosa Savino, para conversar. Com informações Folha de SP.