Cardeal Burke declara: A Igreja parece um navio sem leme

01.11.2014 - 

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Depois de ter denunciado manipulações e "censuras" no Sínodo, o cardeal Raymond Leo Burke, (foto) prefeito da Signatura Apostólica, continua elevando a sua voz a tons cada vez mais preocupados, criticando o papa, mas dizendo, ao mesmo tempo, que não quer "parecer como uma voz contrária ao papa". A última entrevista foi a realizada por Darío Menor Torres, publicada hoje na revista Vida Nueva.

A reportagem é de Andrea Tornielli, publicada no sítio Vatican Insider, 31-10-2014. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

    "Muitos me manifestaram preocupação", afirma o cardeal norte-americano. "Em um momento tão crítico, em que há uma forte sensação de que a Igreja é como um navio sem leme, não importa por qual motivo, mais importante do que nunca é estudar a nossa fé, ter um guia espiritual sadio e dar um forte testemunho da fé."

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    "Tenho todo o respeito pelo ministério petrino – acrescenta Burke – e não quero parecer que sou uma voz contrária ao papa. Gostaria de ser um mestre da fé com todas as minhas fraquezas, dizendo a verdade que hoje muitos de nós percebem. Sofrem um pouco de enjôo, porque, segundo eles, o navio da Igreja perdeu a bússola.

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É preciso pôr de lado a causa dessa desorientação, porque não perdemos a bússola. Temos a constante tradição da Igreja, os ensinamentos, a liturgia, a moral. O catecismo não muda."

    "O papa, justamente, fala da necessidade de ir para as periferias", continua o prefeito da Signatura Apostólica. "A resposta das pessoas foi muito calorosa. Mas não podemos ir para as periferias de mãos vazias. Vamos com a Palavra de Deus, com os sacramentos, com a vida virtuosa do Espírito Santo. Não estou dizendo que o papa faça isso, mas há o risco de interpretar mal o encontro com a cultura. A fé não pode se adequar à cultura, mas deve chamá-la novamente à conversão. Somos um movimento contracultural, não popular."

Fonte: /www.sinaisdoreino.com.br  -  imagens  www.rainhamaria.com.br

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Nota de www.rainhamaria.com.br

SEMPRE LEMBRANDO AS PALAVRAS DE UM SANTO.

Declarou o Santo Papa João Paulo II, em 7 de fevereiro de 1981.

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“Devemos admitir realisticamente  e com sentimentos de profunda dor que os cristãos hoje em dia em grande medida se sentem perdidos, confusos, perplexos e até mesmo decepcionados; idéias opostas à verdade revelada e sempre ensinada estão sendo espalhadas em abundância no exterior; heresias, no sentido pleno e próprio da palavra, foram espalhadas na área de dogma e moral, criando dúvidas, confusões e rebelião; a liturgia foi adulterada. Os cristãos são tentados pelo ateísmo, agnosticismo e pelo cristianismo sociológico destituído de dogmas definidos ou uma moralidade objetiva".

 

Disse Dom Lourenço Fleichman: Pode a Igreja Morrer?

Levemos, pois, essa comparação à vida da Igreja. Como dissemos, há 50 anos que a Igreja é flagelada, desfigurada, cuspida, pregada a uma dura Cruz, que foi apagando dela toda beleza, ou seja, toda manifestação da sua seiva divina, da sua santidade, do seu sacerdócio, dos seus Sacramentos. Tudo isso foi demolido, vilipendiado, rebaixado e dessacralizado. A Paixão da Igreja nos mostra a Esposa de Cristo nua como Cristo na Cruz. Seus sacramentos já não são integralmente católicos, a pregação dos padres já não converte ninguém, a vida sacerdotal e religiosa está muito longe da santidade, e tudo se resume num amálgama rasteiro e sem vida sobrenatural.

Nesse momento, a morte da Igreja poderia advir pelo extermínio do sopro de vida humana que ainda lhe restaria. Cristo morreu assim, a Igreja pode, muito bem, morrer também. No momento em que a vida divina já não aparece mais, basta cessar a vida natural e humana, e a Igreja já não viveria mais.

Ora, me parece que a obra do papa Francisco consiste em tirar do resto de vida que ainda restava na Igreja, seu sopro natural. Levantou-se este estranho papa contra tudo o que é natural, as únicas coisas que ainda restavam na pregação dos seus predecessores.

Sobre o aborto, ele afirmou que não devemos mais tratar desse assunto;

Sobre o adultério, ele afirmou que não se deve mais imputar o pecado, podendo comungar os divorciados que vivem em novo casamento.

Sobre a família, ele afirmou, ao aplaudir o discurso do Cardeal Kasper, que é preciso aceitar essa nova família do mundo moderno, regida pelo divórcio.

Sobre os graves pecados contra a natureza, ele induziu a sua prática ao afirmar que um padre não pode julgar o pecado de homossexualidade.

O que restava de vida natural na Igreja está desaparecendo. E não restará mais nada.

 

Diz na Sagrada Escritura:

"Nós, porém, sentimo-nos na obrigação de incessantemente dar graças a Deus a respeito de vós, irmãos queridos de Deus, porque desde o princípio vos escolheu Deus para vos dar a salvação, pela santificação do Espírito e pela fé na verdade. E pelo anúncio do nosso Evangelho vos chamou para tomardes parte na glória de nosso Senhor Jesus Cristo. Assim, pois, irmãos, ficai firmes e conservai os ensinamentos que de nós aprendestes, seja por palavras, seja por carta nossa.
Nosso Senhor Jesus Cristo e Deus, nosso Pai, que nos amou e nos deu consolação eterna e boa esperança pela sua graça, consolem os vossos corações e os confirmem para toda boa obra e palavra!" (II Tessalonicenses, 2, 10 -16)