Mais de 2.500 católicos foram mortos e 100.000 evacuados (entre estes últimos, 26 dos 46 padres que trabalham na diocese, 200 catequistas e mais de 20 religiosas); mais de 50 paróquias destruídas, algumas delas diversas vezes; 40 outras paróquias foram abandonadas e ocupadas pelo grupo terrorista; quatro dos cinco conventos existentes foram também abandonados. Ele menciona ainda o sequestro, largamente noticiado pelos jornais, de mais de 200 moças.
Grupo terrorista islâmico Boko Haram: Convertam-se ao Islão ou morram.
Todavia mais grave, um grande número de católicos foi obrigado a se converter (ou antes, a se perverter) ao islã contra a própria vontade. O sistema escolar foi destruído, principalmente porque as diversas escolas foram transformadas em centros de acolhimento dos evacuados.
O Boko Haram já conquistou até agora as seguintes 32 cidades:
No estado de Borno, Gomboru Ngalla, Bama, Gwoza, Maffa, Abadam, Askira Uba, Dikwa et Marte, para não citar senão os centros mais importantes. A capital, Maiduguri, está completemente cercada pelo Boko Haram, exceto a estrada que conduz a Damaturu. No estado de Adamawa, Madagali, Michika, Mubi, Gulak, Kaya, Shuwa, Bazza, Yaffa, Betso, Mishara, Vimtim, Muchalla, Kala’a, Maiha e Mataka. No estado de Yobe, Buni Yadi, Gujba, Gulani, Kukuwa, Bularafa, Buni Gari, Bara, Bumsa e Taltaba.
Ora, todos esses católicos africanos foram também remidos pelo sangue infinitamente precioso de Nosso Senhor Jesus Cristo e gozam a este título do inalienável direito de serem socorridos pelos seus Pastores, os quais devem estar dispostos a dar a própria vida pelas suas ovelhas. Mas não é infelizmente o que se vê, antes o contrário.
Vaticanistas de renome — Sandro Magister, por exemplo — têm comentado o contraste entre o silêncio da Santa Sé em relação ao direito à vida de cristãos perseguidos por muçulmanos (tome-se o caso da mãe de família paquistanesa Asia Bibi, condenada à morte por ter supostamente “blasfemado” contra Maomé) e a sua loquacidade quando se trata de defender direitos menos fundamentais, como o de acolher imigrantes africanos ilegais que chegam de barco à Europa. Quando não, oh dor!, de apoiar grupos revolucionários de inspiração marxista, negadores dos direitos mais básicos e desejosos de destruir a ordem socioeconômica vigente.
Foi o que aconteceu entre os dias 27 e 29 de outubro no Vaticano, por ocasião do Encontro dos Movimentos Sociais promovido pelo Pontifício Conselho Justiça e Paz e pela Pontifícia Academia de Ciências. O evento [foto abaixo], que reuniu 150 militantes de 80 países, contou com o apoio do Papa Francisco, que o prestigiou com sua presença e com fogosas palavras de encorajamento. O expoente máximo brasileiro, que fez uso da palavra, foi o conhecido agitador marxista João Pedro Stédile, que não titubeou em declarar depois que o discurso do Papa havia sido mais esquerdista do que o dele. A prestigiosa revista Catolicismo publicará na sua edição de dezembro uma ampla reportagem sobre o assunto.
Diante do quadro apocalíptico dos católicos nigerianos acima descrito (2.500 mortos, 100.000 evacuados, 34 cidades tomadas etc.), o momento não seria mais oportuno para que, em vez de receber agitadores marxistas e apoiar a sua revolução social e global contra o modelo capitalista e a propriedade privada, alguém como o cardeal Peter Turkson (oriundo ele próprio do continente negro e presidente da Pontifícia Comissão Justiça e Paz), lançasse, e pedisse ao Pastor Supremo que também o fizesse, um firme apelo aos chefes de Estado e às diferentes entidades e personalidades do mundo inteiro em favor de uma cruzada em defesa desses católicos desvalidos.
Mas as mentes de nossos supremos dirigentes espirituais parecem estar bem distantes desta e de outras medidas visando à preservação dos nossos mais elementares valores. Cumpre neste sentido lembrar que no início do mesmo mês de outubro, durante o Sínodo dos Bispos sobre a família realizado em Roma sob os auspícios do Papa Francisco, tentou-se mudar a doutrina perene de Nosso Senhor Jesus Cristo em relação ao homossexualismo e ao adultério. Ao saber disso, um bispo africano literalmente chorou, dizendo que mal podia imaginar a dimensão do desastre que essa eventual mudança causaria nos católicos da África.
E tinha sobradas razões para chorar. Como a têm, diante da desolação suprema que grassa na Santa Igreja, todos os católicos dignos deste nome. Estes devem chorar como esse prelado africano chorou e como deveriam chorar todos os prelados, sacerdotes e religiosos diante do silêncio que paira sobre a perseguição anticatólica e o apoio que é dado a movimentos marxistas. E pedir, confiantes, a urgente intervenção a um só tempo misericordiosa e justiceira de Deus.
Fonte: Agência Boa Imprensa
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Nota final de www.rainhamaria.com.br
Diz na Sagrada Escritura:
"Ó Deus, que sois poderoso sobre todas as coisas...
Ouvi a voz daqueles que não têm outra esperança; livrai-nos das mãos dos malvados, e livrai-me de minha angústia". (Ester 14, 19)
"Sabeis qual é o jejum que eu aprecio? - diz o Senhor Deus: É romper as cadeias injustas, desatar as cordas do jugo, mandar embora livres os oprimidos, e quebrar toda espécie de jugo." (Isaías 58, 6)
"Debaixo do sol, observei ainda o seguinte: a injustiça ocupa o lugar do direito, e a iniqüidade ocupa o lugar da justiça." (Eclesiastes 3, 16)
"Metei a foice, a messe está madura; vinde pisar, o lagar está cheio; as cubas transbordam - porque é imensa a maldade dos povos"! (Joel 4, 13)
"Que fareis vós no dia do ajuste de contas, e da tempestade que virá de longe? Junto de quem procurareis auxílio, e onde deixareis vossas riquezas?" (Isaías 10, 3)
"Vede! É o nome do Senhor que vem de longe, sua cólera é ardente, uma nuvem pesada se levanta, seus lábios respiram furor, e sua língua é como um fogo devorador". (Isaías 30, 27)
"Foi em ti que se encontrou o sangue dos profetas e dos santos, como também de todos aqueles que foram imolados na terra" (Apocalipse 18, 24)
"Depois disso, ouvi no céu como que um imenso coro que cantava: Aleluia! A nosso Deus a salvação, a glória e o poder, porque os seus juízos são verdadeiros e justos. Ele executou a grande Prostituta que corrompia a terra com a sua prostituição, e pediu-lhe contas do sangue dos seus servos". (Apocalipse 19, 1-2)
"Por isso, num só dia virão sobre ela as pragas: morte, pranto, fome. Ela será consumida pelo fogo, porque forte é o Senhor Deus que a condenou.
Hão de chorar e lamentar-se por sua causa os reis da terra que com ela se contaminaram e pecaram, quando avistarem a fumaça do seu incêndio.
Parados ao longe, de medo de seus tormentos, eles dirão: Ai, ai da grande cidade, Babilônia, cidade poderosa! Bastou um momento para tua execução!" (Apocalipse 18 , 8-10)
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