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Palavras de vida eterna

23/02/2007


      Bento - Irmão Pedro! Como era a conversa de Jesus? Você via n’Ele um Deus ou uma pessoa especial? As palavras d’Ele mexiam com o coração de vocês todos?


      Bastava só olhar n’Ele, e a resposta vinha na hora. Por isso eu disse: “Só Tu tens palavras de vida eterna”. Naquele momento abriu-se o céu, e de repente se ouviu uma voz: “Este é Meu Filho amado”. Muitos que por perto estavam acharam que era trovão, não sabendo o que significava, pelo que estava acontecendo.

      Dali por diante, eu, Pedro, comecei a observar em tudo o que Ele fazia e o que Ele falava. Para mim, eu já estava livre de tudo. Eu não me considerava mais como um pescador. Minha vontade era fazer os outros acreditarem que nós estávamos diante do Salvador, do Autor da vida. E Ele, ao abrir a boca, todos nós sentíamos um perfume que deixava a gente irradiante. Posteriormente, cada dia que se passava junto a Ele, não se via mais preocupação de mais nada; tudo era alegria e vontade de viver. Então, eu, Simão Pedro, depois que Ele me deu este nome, comecei a analisar o que quer dizer isto de mim. Era eu a pedra de Sua Igreja. No começo, depois que Ele subiu ao céu, fiquei encarregado de assumir tudo o que Ele nos deixou, e os outros me obedeciam, sem nenhuma restrição. Sabiam eles que eu estava com a chave na mão. Chave significa poder; depois d’Ele, natural.


      Bento - Irmão Pedro! E eu, sou um pouco parecido contigo, neste meu trabalho?


      Já observaste em redor de ti, quantas pessoas vêm de longe para te conhecer? Então, não há diferença. Se tu és humilde, também eu era, e sou. Se tu és caridoso, também fui. Os peixes que eu pegava, repartia com as pessoas mais pobres. Se tens esposa e filhos, também tive. Se não ligas para mais nada das coisas deste mundo, eu também passei a não mais me preocupar com a pesca. O meu objetivo era só cuidar pelo que passou para mim.


      Bento - Ele disse para mim, irmão Pedro, que é Ele que fala comigo, e não eu que falo com Ele. Contigo era o mesmo?


      Eu era meio gago; quase não abria a boca para nada. Mas tu, irmão Pedro II, tens o dom da palavra, sem teres quase estudo.

      Que não te dês por vencido. Se alguém quiser te derrubar, guarda estes nomes e diz sem medo: ‘Sou o que sou porque Jesus quer.


Pedro I a Pedro II


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